Francisco: zelo pela Eucaristia

Francisco é o homem da adoração e da pobreza. Ele escreveu logo no início o que chamamos de "admoestações".

A primeira admoestação: "Disse o Senhor Jesus aos seus discípulos: ‘O Espírito é que dá a vida. A carne não serve para nada’. Por isso são reprovados todos aqueles que viram o Senhor Jesus Cristo em sua humanidade sem crer que Ele é o Filho de Deus. Do mesmo modo, hoje em dia, quem hoje vê o Santo Sacramento do Altar não crê que é o Corpo do Senhor Jesus Cristo".

Salmo 4,3 "Oh poderosos, até quando tereis o coração endurecido, no amor das vaidades e na busca da mentira?"

Francisco vai tomando a Bíblia com uma sabedoria impressionante.

Essa pregação não tem como fundamento falar mal de ninguém, queremos nesse mundo tão relativizado, falar a verdade do mistério que é a Vida da Igreja, e o que foi a vida de Francisco. Francisco vai escrever palavras impressionantes sobre o zelo com a Liturgia. É uma carta que ele escreveu aos padres e clérigos.

Ouça: O milagre da transubstanciação

Ainda hoje, paira sobre a Igreja e sua liturgia, infelizmente, abusos e desrespeitos com relação a Carne e Sangue do Senhor Jesus.

A tendência que hoje se tem é neutralizar o mistério, e a Liturgia sem o mistério é hipócrita, porque tira tudo aquilo que ela é, porque não se pode reduzir a Liturgia as coisas aqui da terra, ao humano, porque ela é do Céu.

A Missa é a presença do Sacrifício de Cristo. E hoje se tem a tendência de relativizar tudo.
Por que o Corpo de Jesus é tão abandonado? Tendências luteranas querem entrar na Igreja. A Igreja Católica ensina que após a transubstanciação não é mais pão é Carne e não é mais vinho é Sangue de Cristo.

Eu encho o peito para falar disso porque falar isso me alegra a alma, é a presença real do Senhor.

Eu não estou falando de mal de sacerdote, mas estou exaltando o mistério da Missa e nós, sacerdotes, somos os arautos. Só duas pessoas no mundo podem dizer: "Isso é o meu corpo, isso é o meu sangue". Primeiro: a grande Mãe de Deus, embora não fosse sacerdote, ela pode dizer por dom da encarnação, e o Senhor Jesus que diz ‘…na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: Tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Igualmente também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes´(1Cor 11,23´29)’, palavras que fazem tremer o inferno.
Somente essas duas pessoas. E o Senhor dá isso aos seus sacerdotes em Persona christi ,  com a alma dele, nos sentimentos dele.

Tem padres dizendo na catequese que a missa é imitação, é comemoração.
Joao Paulo II escreveu sobre a Eucaristia, assim como Bento XVI.

Os pastores evangélicos, eu os amo, e se for preciso dou a minha vida por eles, mas eu preciso dizer que vocês não conheces a plenitude da Verdade, que se dá pelo Sacramento. Hoje é preciso a Verdade. Eu amo os evangélicos mas não admito que eles falem que a Virgem não é virgem.

Eu não posso por simpatia negar a verdade que custou o sangue de Cristo, e o sangue de muitos mártires.

Crer no Santíssimo Sacramento não é opção, é a vida, como disse o querido São Francisco.

A insensibilidade que hoje acaba entrando e torna  a missa se torna um peso para muitos católicos. Por que o católico acha tanta dificuldade em ver Cristo na Missa? Isso vai levando a impiedade do coração a muitas pessoas.

Eu já fui chamado de escrupuloso, não tem problema, porque o meu Senhor sabe que esse ‘escrúpulo’ é amor.
Francisco diz: Clérigos, vejam seus cálices como estão, suas alfaias, seus paramentos.

O Papa Bento XVI escreveu também a exortação sobre o Santíssimo Sacramento do papa Joao Paulo II  ‘por favor não usem cálices que podem ser quebrados: vidro, barro..’, mas parece que a Igreja fala para as nuvens, e cada um faz o que quer.

Ouça: "Quanto mais Tu te escondes no mistério, mais quero adorar-Te"

E muitos presbíteros da Igreja têm essa concepção, e não obedecem o que o Santo Padre, o Papa diz. É dolorido dizer isso, mas é preciso dizer.
Não estou aqui elevando os aspectos negativos, mas estou falando o que a Igreja pede.

Há 800 anos atrás Francisco de Assis foi sentindo no coração: porque trata dureza de coração, por que tanta insensibilidade?

A fé católica é maravilhosa! Pão é matéria morta, não tem sentimentos, não tem desejos, coração … somente que após a consagração, não há mais pão, aparência. Não é algo que você  pode jogar em qualquer lugar… mas, Sacerdotes, não temos o direito de colocar o santíssimo dentro do armário da nossa cozinha, o direito é coloca-Lo no Sacrário, lá e o lugar do nosso Deus.

Eu sei que existem muitos padres que realizam 07 missas no domingo, e que estão cansados, eu entendo! Mas não coloque o Teu Senhor em qualquer lugar.

Tudo o que é para o Senhor precisa ser bem cuidado.

Após a consagração não é mais pão, mas é o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor. Você, padre, pode até não sentir nada, mas é o Senhor com o coração dele, com a alma dele, com os sentimentos dele…

A Igreja Católica nos ensina que a presença de Jesus na Eucaristia é permanente, por isso a adoração é o mistério da continuidade da Missa.
Não há adoração sem a Missa.

Nós, católicos, adoramos a Deus m qualquer lugar: no quarto, na sala, no carro, na casa… mas tem uma máxima presença  do Senhor aqui na terra: no Santíssimo Sacramento  do Altar.

‘Senhor Jesus quanto mais Tu te escondes no mistério, mais eu tenho sede de Te adorar’.

A Igreja não vive e não pode viver sem o Senhor, sem o Sangre consagrado por nossas mãos, ó Sacerdotes de Deus!

Na Igreja Católica, quem escolhe os sacerdotes é o Senhor. Sacerdote de Deus é uma palavra que faz tremer o inferno.

Em primeiro lugar nós recebemos a imposição das mãos para sermos Sacerdotes de Deus, por isso o fogo da palavra de Deus na boca dos sacerdotes tem que ser o mesmo para consagrar o Corpo de Cristo.

É preciso que sejamos anunciadores do Evangelho de Jesus e quem não ‘come’ esse Evangelho não pode anunciá-Lo, e acreditar que cada palavra que está lá é a verdade, é a alegria da Salvação para aquele que crê, porque o Altar é a nossa sarça ardente, e sempre será.
E ali no Altar é que nós somos consumidos.

Nós somos os chamados para sacrificar a vida.
Eu disse ao Senhor ontem na missa com lágrimas: Se eu não tiver a graça de morrer por Ti, dá-me a graça de morrer pelo mistério da Eucaristia.
Os mistérios estão sendo zombados pela mídia.

"Bendita canção Nova de Deus! Canção Nova, por ti nós podemos anunciar Jesus!" Eu e meus filhos da pobreza queremos dar a Jesus tudo aquilo que é preciso em meio a este mundo.

Como disse Santo Agostinho, que ninguém comungue Jesus Cristo sem antes tê-Lo adorado.

Ouça: Padre Roberto lê a última carta de João Paulo II aos sacerdotes

Nós, sacerdotes, somos os guardiões do sacrossanto mistério do Altar!

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, Mãe do Santíssimo Sacramento.

Transcrição: Tatiane Bastos
Fotos: Natalino Ueda


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