Estamos naquele momento do ano em que muitos de nós queremos fazer um balanço do que foram estes 365 dias vividos. Muitos de nós queremos fazer um balanço afetivo. Não do ponto de vista do sentimento, mas da afeição, ou seja, de assumir feições de algo ou alguém.
Da capacidade de afeiçoar-se ao bom homem que cada um de nós deseja ser. Se eu participo de um grupo de oração não tenho como viver com os braços levantados e orando no Espírito durante as 24 horas do dia. Serei reconhecido no dia a dia, não apenas pela minha vida de oração e louvor, mas sobretudo serei reconhecido pelos outros através das minhas atitudes.
“É no dia a dia que eu e você vamos provar para o mundo quem é o Cristão que está na rua, no hospital, no banco e que está sofrendo.”
Em Lucas 7, 1-10, ao curar o servo do Centurião, encontramos um homem bom que Jesus sequer chega a conhecer. Um homem diferente que chegará a construir uma sinagoga para os judeus. Mesmo recebendo ordens severas e duras, o centurião era algém que conseguia traduzir em amor e gestos concretos a bondade de sua vida. É de causar admiração quando encontramos um homem assim, bom como o centurião.
Em casa, serão poucos os momentos que eu vou orar como se estivesse em um grupo de oração, mas é nas coisas do dia -a-da que o mundo precisará dessa referência de pessoa boa que eu preciso ser.
E as pessoas que te conhecem vão falar de você como aqueles servos falavam do centurião pra Jesus, sabendo que tratava-se de uma pessoa boa. E a minha proposta é essa. Que as pessoas falem bem de você. Falem de você por causa de sua bondade. Voces podem até escandarlizar-se com isso, mas o meu pai não me evangelizou. Ele mal sabia ler, mas ele me deixou bons exemplos. Sujou, limpe! Pegou, devolva, ponha de volta no lugar. Foram os exemplos que ele deixou.
Como é que você escolhe os poucos amigos que você tem, é normal ter poucos amigos. Como você escolheu o seu marido a sua esposa? É por causa dos bons exemplos que experimentou em cada uma destas pessoas. O mundo precisa saber que existe gente assim. Gente do bem. Homens bons que rezam, que sentam na primeira fila. E um dia, queira Deus, quem te conhecer, quererá ser bom como você, orante, honesto.
E quem sabe um dia quando você estiver orando, pedindo por aqueles que ficaram na sua casa, pelas pessoas que lhe pediram oração, você reze como o centurião: “Senhor eu não sou digno que entreis a minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo.” Neste momento o próprio Jesus admirado com a sua bondade, dirá apenas uma palavra e estará visitando a sua casa.
Marque bem esta hora! Neste momento, nesta hora você vai conferir o que Deus fez em sua casa. Uma verdadeira chuva de graças que vamos mandar sobre as pessoas por quem rezamos.