Meus irmãos, o Senhor tem preparado para nós uma experiência de intimidade com Ele, desde já precisamos tomar posse que Deus quer falar conosco, e assim, nesta perspectiva, abrir o coração para receber a graça do Espírito Santo e ser curados.
No capítulo 4, do Atos dos Apóstolos, encontramos a Igreja reunida em oração, e a partir da oração, os cristãos são impulsionados a anunciar a Palavra de Deus com coragem. Para isso eles pedem ao Senhor sinais, como o de cura, por exemplo. Esses discípulos ficaram novamente cheios do Espírito Santo, por isso os sinais e as curas aconteceram. Meus irmãos, para cada etapa da nossa vida o Senhor nos enche com o Seu Espírito Santo, por isso precisamos rogar sempre, como os discípulos, a graça do Espírito.
Desta forma, devemos sempre estar abertos à graça de Deus. Há momentos em que duvidamos de que Senhor pode realizar a Sua obra em nós, mas sempre a graça supõe a natureza, e Deus a faz por meio daquilo que entendemos e daquilo que desenvolvemos com nossa inteligência, mas também Ele é capaz de ir além dessas coisas, pois realiza milagres. Esta é a primeira atitude que precisamos ter hoje: Acreditar que Deus é capaz de realizar milagres em nós.
O segundo ponto que quero apresentar para vocês é a fé. A Palavra de Deus afirma dos inúmeros momentos em que o Senhor realizou milagres em virtude da fé, e de alguns momentos que a falta de fé foi empecilho para a ação de Deus. Por isso precisamos rogar ao Senhor esse dom [da fé]. Diz a Palavra que se tivermos a fé do tamanho de um grão de mostarda poderemos remover montanhas.
Sabendo que o racionalismo pode roubar de nós a capacidade de acreditar no milagre de Deus, sabendo do poder da fé e da necessidade que temos de tê-la, concluímos que é legitímo pedir ao Senhor a cura, do ponto de vista bíblico e teológico. Na história da Igreja vimos inúmeras pessoas que possuíam esse carisma. Temos inclusive os sacramentos de cura, que é a confissão e a unção dos enfermos. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), em seu parágrafo 1.508, afirma que:
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O Espírito Santo dá a algumas pessoas um carisma especial de cura para manifestar a força da graça do ressuscitado. Todavia, mesmo as orações mais intensas não conseguem obter a cura de todas as doenças. Por isso, São Paulo deve aprender do Senhor que "basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo o seu poder" (2Cor 12,9), e que os sofrimentos que temos de suportar podem ter como sentido "completar na minha carne o que falta às tribulações de Cristo por seu corpo, que é a Igreja" (Cl 1,24).
Meus irmãos, a cura é sempre uma graça, por isso Deus a realiza, onde e da forma que Ele quer. E isso é um mistério, mas o fato é que o Senhor quer curar nossos corações, libertar-nos de todo o pecado que nos amarra. E essa é a primeira cura que Jesus quer operar em nós. O Papa Bento XVI enviou uma mensagem aos Bispos do Brasil, por ocasião do início da Campanha da Fraternidade, deste ano, afirmando que a cura verdadeira do homem é a nossa salvação.
Queridos irmãos, na certeza de que o Senhor quer nos cura, sobretudo voltando nosso coração para Ele, vamos rezar suplicando a Deus que, por intermédio do Seu Espírito Santo, realize a vontade d'Ele em nós curando-nos para pertencermos exclusivamente a Ele.
Transcrição e adaptação: Ricardo Gaiotti
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