Quando o Papa Bento XVI nos fala, não são suas as palavras, mas são as Palavras de Jesus Cristo, pois só a Palavra d'Ele nos dá a verdadeira solução. Mas se nós ficarmos procurando a nossa solução, a Igreja Católica vai perder aquilo que é mais importante para ela: a comunhão com os bispos e com as pessoas que vieram antes de nós, os apóstolos. É isso que garante a nossa fé, que está em comunhão com a Palavra de Jesus Cristo. Não seguimos uma doutrina nossa; queremos uma palavra que vem de Jesus.
Não estamos aqui para seguir as nossas ideias, mas queremos saber aquilo que Jesus falou. É importante saber que o Papa Bento XVI nos dá a bênção de podermos comungar com a fé de Cristo e dos apóstolos.
Quando o Papa ainda era o cardeal Ratzinger, durante a Missa de abertura do conclave, ele usou a expressão “ditadura do relativismo” ao dizer que “estamos sendo vítimas de uma ditadura relativista”. Mas o que é isso? É uma ditadura que nos diz para ficarmos calados, para que não proclamemos a verdade de Jesus.
Hoje existe um “espiral do silêncio”, ou seja, uma técnica psicológica na qual, quando você dá uma notícia a alguém sobre um fato de efeito, é preciso repeti-la constantemente para que se torne eficaz.
Depois que Bento XVI foi eleito, a mídia silenciou-se em relação a ele. Vemos que eles dão uma notícia e, depois de meses, dão outra, como se o Papa nem existisse. Mas quando as notícias são negativas, a mídia bombardeia as pessoas de informação. Mas, graças a Deus, no Brasil, o “espiral do silêncio” foi rompido no momento da visita do Papa ao país. Foi preciso que a mídia dissesse ao povo quem era o Pontífice, o que ele pensava. Mas, depois disso, novamente, ela submergiu-se ao silêncio.
Hoje, graças a Deus existe a internet, a mídia católica, a Canção Nova, onde podemos sempre saber o que o Papa está dizendo. É preciso manter-se sempre informado sobre as palavras do Pontífice, pois a mídia só nos diz mentiras.
Quando ainda era Cardeal da Doutrina da Fé e tinha de dominar teólogos que cometiam heresias, o que o motivava eram os apóstolos que lhe agradeciam por mostrar onde está a verdade da Igreja. Ele é um homem que não tem medo de se “queimar” para nos dizer a verdade. Ele sabe que um dia será cobrado diante de Deus por aquilo que ele fez. Por isso, não quer ser um “papa popular”, mas quer ser o Papa de que a Igreja precisa.
Na década de 70, o mundo era ateu. Na década de 90, acreditava em tudo, em todo tipo de maluquice. Saímos do ateísmo para o “creio em tudo”; do sincretismo ao agnosticismo.
Para os marxistas, quando você diz que acredita no Catecismo da Igreja Católica, naquilo que o Papa diz, você é “radical”. Segundo eles, você pode crer em cristais, em gnomos; mas se você crer na Igreja Católica, será chamado de radical. Para os marxistas, alguém é radical quando leva a sério as palavras do Papa. Eles querem que você tenham a fé deles, sejam submissos, digam a eles sempre "sim, senhor".
Não podemos ter medo de ser conservadores, não podemos ter medo daqueles que nos chamam assim, porque se o Papa é conservador, se os santos são conservadores, então estamos bem acompanhados.
Muitos se deixam levar pelo relativismo, ou seja, hoje você é ateu, amanhã você é "misticóide". Para o relativismo não existe uma única verdade, por isso nos tornamos uma "metamorfose ambulante". Assim, vai se constituindo uma ditadura do relativismo, no qual você é obrigado a ser relativista, ou seja, não pode acreditar numa única verdade.
Você já percebeu como nós vivemos numa oscilação constante? Ora estamos animados e nos propomos rezar todos os dias, por exemplo; mas ora já não queremos mais nada. É assim até com o namorado. Mas, meus irmãos, a verdade não é assim. A verdade é sempre verdade. E o Papa quer sempre nos mostrar essa verdade que vem de Jesus.
Por que é, então, que estamos nessa ditadura? Existe, hoje, uma revolta contra Deus. Para muitos, Deus é uma hipótese.
Na ditadura do relativismo, as pessoas são “deuses”, cada um é o seu próprio “deus”, cada um decide o que é a verdade para si.
A Igreja está lutando para que as pessoas não sejam deuses, aliás todos nós estamos lutando para que não sejamos, nós mesmos, deuses.
Jean Paul Sartre, numa conferência em 1945, explicava que o existencialismo é um humanismo, ou seja, é a favor do homem. O existencialismo é uma filosofia que quer levar ao fato de que Deus não existe. Mas ele não se preocupa em provar que Deus não existe. Se nos atentarmos à data, percebemos que Sartre disse isso ao final da Segunda Guerra Mundial a uma Europa ferida pelo nazismo, onde as pessoas estavam se perguntado: “Onde está Deus?”. Para eles, Deus não existe de fato. Mas como pensar o mundo se Ele não existe?
Existência e essência são diferentes. A essência exige que alguém pense alguma coisa. Um prédio, por exemplo, é preciso que primeiro seja pensado para que só depois venha a existir. Então, se você não tem essência, você só tem existência. Não existe um projeto para você, ninguém o pensou. Sabe quais são as consequências morais disso? Se ninguém o pensou, você pode ser o que quiser. O existencialismo diz que tudo é permitido.
Se você pensar nos milhares de cristãos que morreram pela verdade de Jesus, eles não chegam aos pés dos que morreram pela inquisição (algo que aconteceu quando a Igreja já estava influenciada pelo pensamento revolucionário). Os relativistas, os marxistas colocam o mal dentro da Igreja para depois a acusarem de ser má. Por isso, quando vem alguém como o Papa Bento VXI para nos mostrar a verdade, precisamos entrar em combate.
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