O Senhor refaz a nossa dignidade
Jesus está cercado de uma multidão quando, Jairo, chefe da sinagoga, aproxima-se d’Ele e se prostra pedindo que Ele, o Senhor, imponha as mãos sobre sua filha que estava doente, para que ela fosse curada, então, Jesus se põe a caminho da casa de Jairo. E, no meio do caminho, Ele encontra uma mulher que sofria de hemorragia que, mesmo diante da sua situação, deixou nascer um propósito no coração dela.
.: Ouça essa pregação:
Conforme nos relata o Evangelho de São Marcos:
“Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a Ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à Sua vista, lançou-se-Lhe aos pés, rogando-Lhe com insistência: \’Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva'” (Mc 5, 21,23). “(…) Dizia ela consigo: ‘Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada'” (versículo 28).
Imagine você, principalmente mulher, passar por uma situação como a dela. Para os judeus, a mulher, quando estava menstruada, era considerada impura e o homem nem poderia tocar nela. Para eles, durante esse tempo, “o tempo da impureza”, a pessoa estava longe de Deus. Imagine aquela mulher, há doze anos longe de Deus e sendo considerada impura! Na mentalidade dela e dos outros, ela estava impura e tudo em que tocasse, ficaria impuro.
O Senhor está no meio de nós!
Ela sabia que não podia tocar em Jesus, pois em sua mente, sentia-se indigna. Mas, o coração dela a impulsionava a tocar nas vestes de Jesus.
Veja o que acontece: “Jesus percebeu imediatamente que saíra d’Ele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: Quem tocou minhas vestes?” (Mc 5,30).
Você entende o drama daquela mulher? Ela pensava que era a causadora desse mal. Mas, o que acontece após ela ter tocado no Senhor?
“Responderam-lhe os Seus discípulos: Vês que a multidão Te comprime e perguntas: Quem me tocou? E Ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-Lhe aos pés e contou-Lhe toda a verdade” (Mc 5, 31-33).
Ela dizia constantemente a si mesma: “A culpada sou eu, eu sou a impura, há doze anos eu estou com esta impureza”. E como Jesus respondeu ao relato cheio de aflição daquela mulher? Veja qual foi a resposta do Senhor: “Mas, Ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal” (Mc, 5, 34).
A primeira coisa foi chamá-la de filha, não a chamou de mulher, não a chamou de uma maneira genérica, e sim de filha.
O Senhor Jesus está no meio de nós! Estamos reunidos aqui com pelo menos 15 mil pessoas. Apenas não O vemos, não O tocamos, mas sabemos que Ele está no meio de nós.
Diga: “Ele está no meio de nós e me chama de ‘Meu, filho’. Realmente Senhor, eis aqui o Teu filho, obrigado por me chamar de filho. Eu declaro: sou o Teu filho, Senhor. Obrigado porque tenho alguém que me ama. Eis aqui o teu filho Senhor!”.
“Ela tocou na orla de Jesus, levada pela sua fé”
O que a levou a tocar no manto de Jesus? Ela não foi levada pela sua cabeça, pois se achava impura. Não foi pelos sentimentos, pois se achava indigna e culpada. Ela tocou na orla de Jesus, levada pela sua fé. E o Senhor declarou: “Filha, tua fé te salvou”.
Orem comigo: “A minha fé deve me salvar, Senhor. Não quero me deixar guiar pela minha cabeça, nem pelos meus sentimentos, nem pelas minhas emoções. Eu sei que Tu estás aqui e que podes todas as coisas. Se queres, podes trazer a solução para os meus problemas. Para Ti não há problema sem solução. Que eu seja movido pela fé”.
A palavra de Jesus foi essa: “Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e sê curada do teu mal”. Sabe, Jesus quer essa Palavra seja realizada em nossa vida. Creia: Jesus vai te abençoar. Ninguém vai escapar das graças de Deus. Há uma Cruz sobre a tua casa, uma Cruz vermelha sobre a tua família, sobre você. A Cruz vermelha do sangue de Jesus está sobre você!
Aquela mulher sentia-se indigna; sentia-se assim até mesmo diante de Deus. Ela sentia-se indigna e culpada. As pessoas costumam sentirem-se indignos e culpados, como aqui, no nosso meio, existe uma multidão de pessoas que se sentem indignas e culpadas. Saibam que, esses dois sentimentos fazem muito mal para a alma.
O Senhor restaurará a sua dignidade.