Uma homenagem para nosso Cardeal Dom Cláudio Hummes: “Você nos abandona aqui em São Paulo, mas estamos felizes por que entregamos para a Santa Sé a sua pessoa. Invocamos o Espírito Santo sobre o senhor, de braços abertos rezamos por Dom Cláudio!”
Sou muito amigo e me sinto filho de Dom Cláudio, ele que aceitou e ajudou a nossa comunidade, Aliança de Misericórdia. Aprovou o estatuto enfim, sou lhe muito grato.
Bom, este é o penúltimo domingo do ano litúrgico, e como se sabe, o ano litúrgico não segue o ano normal de janeiro a dezembro, mas termina na semana que vem. A Igreja aproveita para sublinhar este período com várias festas, que entraremos na próxima semana. Para ajudar o povo a entrar no sentido da festa e das comemorações da Igreja, ela aproveita para dizer, vigiai, pois não sabemos a hora e o momento.
Entraremos em um momento importante que nos faz refletir. Cada um de nós deve refletir que o final dos tempos já chegou.
Há muito tempo quando celebrava em paróquia, ainda não estava na comunidade, lembro-me que saiu uma notícia de que num certo dia e horário o mundo iria acabar. E um homem convocava as pessoas a se reunir num lugar lá em Goiás… Tudo isso segundo as profecias de Nostradamus.
Assim eu saudei a todos e disse que se confessassem, e todos se assustaram. Mas no dia seguinte, fui celebrar a missa, e disse: mas que é isso, estamos no Paraíso?
Mas Jesus fala claro, somente o Pai sabe quando tudo terminará. No evangelho Ele faz de tudo para nos colocar num sentimento de espera e de preparo para o fim.
Em Milão no ano passado, uma médica muito rica, que tudo fazia pra se embelezar, era riquíssima. Não era casada, e fazia de tudo para viver bem. Teve uma doença, e depois de semanas de dor, ela faleceu. Na Itália não é como no Brasil, o velório é de dois dias para se rezar pelo falecido; e depois desses dois dias ela acordou e me disse: “Padre graças a Deus que a porta do frezzer estava aberta”. Sempre que vou a Milão ela me diz que vendeu seus bens e fez duas clínicas para pacientes terminais, disse que a vida é um milésimo de segundo. Sai para o mundo todo dizendo isso. Podemos dizer que nossa vida é um já. Está compreendendo?
Fique atentos, a nossa vida é um “já”!
Senhor Jesus, eu quero que o meu ‘já’ seja uma eternidade. Jesus te peço que o seu ‘já’ seja uma eternidade.
Filhos e filhas, precisamos entender que a eternidade vale à medida que eu vivo um “já”. Como posso viver eternamente abraçado nos braços de Deus? Só com um “já”! Você pode ter 94 anos de vida, mas ela acabará. Devemos viver com intensidade cada milésimo de instante, devo viver com todo meu ser. E deste “já”, precisamos entender que devemos viver intensamente o hoje.
Cada ação que se faz, é marcada na eternidade. Muitas vezes explico que este “já” que falamos, o encontraremos no Paraíso. O que acontecerá? Pedro e Jesus nos levarão perto de uma tela, onde o desenho da minha vida de 0 a 100 anos, serão tantas pequenas pedras preciosas de um mosaico. Jesus me mostrará, e eu entenderei que os buraquinhos vazios onde não tem as pedras preciosas são atos de pecados, de não amor. Vou compreender que posso encher a minha história com atos de amor que encontrarei no Paraíso.
Quando terminar seu “já”, encontrarás a eternidade. O que você prefere? O purgatório ou a eternidade? A eternidade nasce do meu já! Se você agora não se preocupa com tantas coisas, pense nisso.
Quando entrar no Paraíso, você dirá “olha o doido do Padre Antonello, mas falta uma perolinha aqui”. Vivei com intensidade, cada instante de vossa vida, por que tudo encontraremos no Paraíso neste “já”.
Adquira esta pregação em CD ou K7 na Casa de Evangelização Canção Nova que fica na rua Vergueiro, 3483, Vila Mariana, São Paulo/SP. Informações pelo telefone: (11) 5575-6449.
Fotos: Leandro Premoli
Transcrição: Ellen Costa
Correção, edição de fotos e áudio: Lucilene Silva