Deus criou o ser humano para a vida. A morte é conseqüência do pecado. E São Paulo acrescenta: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). Não só a morte física, mas também aquela que o Livro do Apocalipse chama de segunda morte: a morte eterna.
Deus não deixou o ser humano entregue ao pecado e a si mesmo. Desde o início, Ele prometeu enviar ao mundo um Salvador. São Paulo mostra que essa promessa se cumpriu na plenitude dos tempos. Quando a plenitude chegou, o Senhor enviou o seu Filho ao mundo, o qual nasceu de uma mulher. Deus disse à serpente (que é símbolo do mal): “Porei inimizade entre ti e a mulher, e ela esmagará a tua cabeça” (Gen. 3,15). Esmagar a cabeça é a vitória total contra o pecado. São Paulo não diz o nome da mulher que esmagou a cabeça da serpente, mas ela se chamava Maria de Nazaré, a mulher da plenitude dos tempos. Foi nela que o Filho de Deus assumiu um rosto humano.
No momento da anunciação, ouvimos, no Evangelho, que o anjo não chama Maria pelo nome, mas a chama Cheia de Graça. Santo Agostinho, em sua obra sobre a trindade diz: “Qual é o nome da terceira pessoa da Trindade? Nós a chamamos de Espírito Santo; mas Espírito o Pai o é e o Filho também. Santo, o Pai e o Filho também o são. Então, qual é o melhor nome para a terceira pessoa da Trindade? Santo Agostinho respondeu: dom.
O Espírito Santo ocupou todo o espaço do ser de Maria e nenhum espaço restou para o pecado. Nós, cristãos ocidentais, a proclamamos “A Imaculada”. Tudo o que Deus realizou em Nossa Senhora foi em vista da nossa salvação. Por isso, contemplando-a, precisamos meditar sobre a nossa vocação.
São Paulo expõe essa tese: “Deus criou a encarnação de seu Filho, que se deu pelo poder do Espírito Santo no ventre de Nossa Senhora. Deus nos criou para sermos santos à imagem de seu Filho e a santidade consiste em ter o rosto do Filho de Deus, a sua vida. Nossa Senhora foi a imagem mais perfeita de Jesus. Ela assumiu a sua missão”. São Lucas diz que Nossa Senhora observava tudo o que acontecia com Jesus; ela observava e guardava tudo em seu coração.
O pecado, na medida em que é cometido, vai criando, na sociedade, um clima de maldade; ele desumaniza o mundo. Toda maldade e desrespeito que existe mostra que está faltando santidade no mundo, em cada um de nós.
Que Nossa Senhora nos ajude, em nossa intercessão, a tornarmos o mundo mais civilizado, cheio de paz, justiça, fraternidade e também de santidade.
Usando as palavras de Paulo, o padre é o administrador dos mistérios de Deus. Quem olha para o monsenhor Jonas com seus 72 anos de idade percebe que ele é um bom pastor, um homem que gasta sua vida para que o rebanho que Deus lhe confiou tenha mais vida. O que o jovem espera do sacerdote? Eu creio que a principal coisa é que o sacerdote lhe mostre Cristo. Sou testemunha de que o monsenhor tem mostrado Jesus Cristo para milhares de pessoas, pois o seu estilo de vida é bem parecido com o estilo do Filho de Deus. Só o sacerdote santo pode ser um guia seguro para o dia de hoje.
Que a Imaculada Conceição, em cuja festa monsenhor Jonas recebeu o sacramento da ordem, o ajude a crescer, cada dia mais, nesta vida de santidade. Em nome da diocese de Lorena (SP) eu quero cumprimentá-lo e pedir que Deus o conserve com saúde, com ânimo. Monsenhor Jonas procura sempre viver em comunhão com o bispo e com a sua diocese. Ele é um sacerdote modelo para todo o clero da diocese de Lorena (SP). Agradeço pela diocese ter um sacerdote modelo.
Transcrição e adaptação: Michele Mimoso