Estamos vivendo o tempo da Páscoa, quando somos chamados a olhar o Cristo ressuscitado.
“O peito aberto de Jesus crucificado
Vejo os sinais de um Deus apaixonado
Raios que curam, purificam e incendeiam
Luz redentora que aquece, inflama a alma”
Como compreender a Ressurreição? A Ressurreição é uma realidade palpável. O tempo da Páscoa é catequese profunda. Cada domingo é uma Páscoa.
Domingo passado, foi o domingo do “Bom Pastor”. No Evangelho de hoje, o nosso olhar já está no Pentecostes. Quando falamos de Cenáculo, lembramo-nos, imediatamente, do derramamento do Espírito Santo.
“Depois que Judas saiu do Cenáculo, disse Jesus: 'Agora, foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado n'Ele. Se o Senhor foi glorificado n'Ele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros'" (João 13,31-33a.34-35).
:: Veja + fotos também no Facebook
Se, hoje, pensássemos sobre a mensagem deste domingo, poderíamos dizer que é a mensagem do amor. Mas não qualquer amor, porque Jesus coloca um critério: "Amai como eu vos amei". Amar como Jesus nos amou.
Voltar, em plena Páscoa, ao cenáculo, na última ceia, para falar que é preciso amar. Várias vezes Jesus falava: "Amai". Só repetimos a mesma coisa, porque a pessoa ainda não está atendendo. "Naqueles dias, Paulo e Barnabé voltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. Anunciaram a Palavra em Perge e, depois, desceram para Atália. Dali, embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus para o trabalho que haviam realizado. Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos”.
Paulo e Barnabé anunciaram que era preciso estarem firmes na fé. É preciso estar firme na fé para amar. Amar não como amamos, mas como Jesus que deu a vida.
Como conseguir amar as pessoas no mundo de hoje? Permanecendo firmes na fé. E o que nos faz estar firmes na fé? A Palavra de Deus, a oração.
Tenho receio de que a nossa fé não seja firme. Quem não lê a Palavra de Deus está deixando sua fé vulnerável.
Se você não consegue amar e perdoar, falta-lhe fé. Estamos cansados de pessoas que dão os primeiros passos na Igreja e depois a abandonam.
Na segunda leitura, vemos que precisamos amar como Jesus amou. Aí está a Ressurreição, a misericórdia, o Cristo que ama mesmo o pecador. Para amar como Ele é preciso estar firme na fé, exercer a virtude da compaixão, humildade e mansidão.
A medida do amor a Deus é o amor aos irmãos.