Nosso Senhor nos concede a graça de contarmos, bem de perto de nós, com a presença de Maria, sua mãe, exemplo de combatente espiritual, de mulher de fé e de luta.
Sempre que Nossa Senhora se faz presente, a alegria se faz no coração dos filhos.
Queremos partir da dimensão de Maria combatente, desde o livro do Gênesis, que descreve a ação de Maria, como uma ação militante (Gn 3,15).
Existe pois um combate secular e eterno entre o demônio e a mulher, onde não pode haver tréguas. É um combate para sempre, onde se joga todo o futuro da humanidade. A vitória está na raça da mulher, na descendência dela, no filho da mulher. A vitória está profetizada por Deus no início da história humana.
A certeza da vitória de Deus sobre a serpente nos anima, mas nos perguntamos muitas vezes: como pode a Igreja estar em meio a tantas contradições e muitas vezes com aparente derrota? A promessa da vitória já está no inicio da história da humanidade.
Maria aparece na história como a mulher das dores, como a militante contra o demônio.
No Evangelho de São Lucas nós assistimos o tipo de militância de Maria e de combatente que ela terá ao longo de toda a sua existência, como vemos na Profecia de Simeão (Lc.2,33).
Jesus é o sinal de contradição. Jesus encontra adversários. É um combatente. E em Jesus de Nazaré está o destino de toda da humanidade. E participante desta condição está sua mãe.
Maria leva na vida uma espada transpassada em seu coração durante toda a sua vida, que decide a vitória contra o mal, com seu Imaculado Coração na condição de combatente, de colaboradora na obra salvadora de Cristo Jesus.
A verdadeira devoção a Maria segundo a Igreja, nos leva sempre para Jesus Cristo seu filho. Devoção que não leva a Jesus Cristo, portanto à Salvação, não é verdadeira devoção. O critério é este e não pode ser outro. Senão esta devoção não é eficiente, não leva a Jesus.
Uma devoção, uma militância que não nos leve a partir de Maria ao Sacrifício de Cristo, é uma devoção que nos leva à derrota. Maria sempre nos leva a estar de pé no Calvário diante a Cruz. Maria que aceitou a Palavra de Deus, que é nossa mãe, nos facilita o acesso a Cruz, Maria viveu sempre a sombra da Cruz de Cristo.
“Quem quer me seguir tome a sua Cruz e siga-me”. Maria realizou plenamente este mandamento de Jesus, e nós, acompanhando Maria, nos deparamos com a vitória definitiva de Deus contra a serpente.
Como é difícil entregar nossa liberdade total a vontade do Pai, como é difícil dizer sim diante da morte, e Maria se associa livremente ao sacrifício de Jesus como mãe. Não disse um sim revoltado, mas um sim amoroso. E ela nos leva até Jesus. Com Maria ao nosso lado somos vencedores, Maria conhece os caminhos do coração.
Nós queremos ardorosamente, nós queremos apaixonadamente experimentar este carinho de Maria que nos leva a Jesus Crucificado, seu filho.
A vitória desta mulher, o combate desta mulher, chega ao cume da sua luta morrendo como vitima de imolação com seu filho Jesus, uma mulher guerreira.
Transcrição e adaptação: Carlos Eduardo
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