É impossível caminhar na fé, sem ter o joelho no chão.
Nós pensamos que o que mais desagrada a Deus são os nossos pecados, mas a beata Helena Guerra nos ensina que é deixarmos de clamar o Espírito Santo, porque é Ele que suscita em nós a fé!
Precisamos pela fé vencer o pecado.
Se vivermos pela fé as pessoas irão ver o milagre de Deus agindo em nós. Precisamos cultivar a intimidade e amizade com Deus.
Nós temos que pela fé, aproveitar o tempo de Deus. Não pare nos milagres, viva da fé! Precisamos viver uma vida de mortificação e com coerência e aspirar o céu.
Encerro minha pregação com a citação da Carta de São Paulo aos Hebreus 11,1-40:
A fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se vêem.
Por ela, os antigos receberam um bom testemunho de Deus.
Pela fé compreendemos que o universo foi organizado por uma palavra de Deus, de sorte que as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê. Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor que o de Caim; graças a ela, recebeu o testemunho de ser justo, pois Deus atestou o valor de suas oferendas; e graças a ela, mesmo depois de morto, Abel ainda fala! Pela fé, Henoc foi levado, sem passar pela morte; não mais foi encontrado, porque Deus o levou. Antes de ser levado, porém, recebeu o testemunho de que foi agradável a Deus. Ora, sem a fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima deve crer que ele existe e recompensa os que o procuram.
Pela fé, Noé, avisado divinamente daquilo que ainda não se via, levou a sério o oráculo e construiu uma arca para salvar os de sua casa. Pela fé, ele condenou o mundo, tornando-se herdeiro da justiça que se obtém pela fé.
Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde iria. Pela fé, ele viveu como migrante na terra prometida, morando em tendas, com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da mesma promessa. Pois esperava a cidade de sólidos alicerces que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.
Pela fé, embora Sara fosse estéril e ele mesmo já tivesse passado da idade, Abraão tornou-se capaz de ter descendência, porque considerou fidedigno o autor da promessa. E assim, de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como os grãos de areia na praia do mar”. Todos estes morreram firmes na fé. Não chegaram a desfrutar a realização da promessa, mas puderam vê-la e saudá-la de longe e se declararam estrangeiros e peregrinos na terra que habitavam. Os que assim falam demonstram estar buscando uma pátria, e se estivessem referindo-se à terra que deixaram, teriam oportunidade de voltar para lá. Mas agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus, pois até preparou uma cidade para eles.
Pela fé, Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac em sacrifício; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, do qual havia sido dito: “É em Isaac que terá começo a tua descendência”. Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos, e assim recuperou o filho — o que era uma prefiguração.
Foi pela fé, também, que Isaac abençoou Jacó e Esaú, a respeito das coisas futuras.
Pela fé, Jacó, prestes a morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiando-se na extremidade do cajado, prostrou-se em adoração.
Pela fé, José relembrou, já no fim da vida, o êxodo dos filhos de Israel e deu ordens acerca de seus restos mortais.
Pela fé, Moisés, recém-nascido, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram a beleza do menino e não tiveram medo do decreto do rei.
Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha de Faraó; preferiu ser maltratado com o povo de Deus a tirar proveito passageiro do pecado. Isto, porque considerava a humilhação do Cristo uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, pois ele tinha os olhos fixos na recompensa.
Pela fé, Moisés deixou o Egito, sem temer a ira do rei; permaneceu firme, como se visse o invisível.
Pela fé, ele celebrou a Páscoa e fez a aspersão com sangue, para que o exterminador dos primogênitos † do Egito não matasse os de Israel.
Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca, enquanto os egípcios, tentando fazer o mesmo, se afogaram.
Pela fé, ruíram os muros de Jericó, após as voltas ao seu redor durante sete dias.
Pela fé, a prostituta Raab não morreu com os incrédulos, porque ela acolheu bem os israelitas que vieram reconhecer a região.Que mais devo dizer? Não teria tempo de falar ainda sobre Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas. Estes, pela fé, conquistaram reinos, exerceram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros. Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição.
Outros foram torturados ou recusaram ser resgatados, para chegar a uma ressurreição melhor.
Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as cadeias, as prisões, foram apedrejados, serrados ou passados ao fio da espada, levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pêlos de cabra, oprimidos, atribulados, sofrendo privações. Eles, dos quais o mundo não era digno, erravam por desertos e montanhas, pelas grutas e as cavernas da terra.
No entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, não alcançaram a realização da promessa.
É que Deus estava prevendo algo melhor para nós: não queria que eles chegassem sem nós à plena realização.
Fé é vida, é testemunho. Precisamos mais do falar dela, precisamos vivê-la!
Transcrição e Adaptação: Mariana Lazarin Gabriel