Para Savioli, o cardiologista deve, sim, lidar com esses sentimentos da mesma forma que trata os sintomas físicos do paciente. Não basta recorrer a exames para diagnosticar as doenças do coração. Afinal, a ciência tem comprovado a influência de fatores psicológicos também no maior de todos os males do mundo moderno: a doença cardiovascular.
Mas como falar ao paciente sobre a tristeza, a raiva e a falta de perdão? A resposta do Doutor Roque é simples: por meio do coração e da fé. Ele destaca sempre a importância da fé religiosa do paciente para sua própria cura. Pois a fé ajuda a medicina a cumprir sua missão de salvar vidas.
Como cristão, o médico procura ouvir, entender e respeitar tudo o que aflige o íntimo de cada ser humano. Assim, procura restaurar uma postura mais humanista na prática da medicina.
Para o Doutor Roque, ouvir é tão importante quanto curar e o médico deve tratar o ser humano em todas as suas dimensões.
Savioli é autor dos livros “Não entre em pânico”, “Milagres que a medicina não contou”, “Depressão: onde está Deus?”, “Curando corações” e “Fronteiras da ciência e da fé”.