“Com esperança vencerás a tribulação”, este é o tema do nosso encontro deste fim de semana. Com o passar do tempo até o ditado popular: “a esperança é a última que morre” vai ficando para trás, pois é uma pena ver pessoas que com o passar do tempo estão sem esperança, “vivem como mortas”. A esperança morre em nós quando perdemos o amor!
“A esperança é a última que morre” isso acontece quando nós paramos de cultivar o amor, estamos presos a tantos afazeres em nossa vida que deixamos de cultivá-lo.
Há 3 anos atrás, foi me dada a graça de escrever um livro, com o coração de alguém atribulado [o meu mesmo]. Entendi, em meio a tribulação que vivia, que o convite para escrevê-lo era uma ordem em vez de graça. Isso aconteceu porque vivia em meio a um furacão. Escrevi: “o tempo da tribulação é uma provação com a imagem de Deus que eu criei,” isto se refere a imagem de “papai do Céu” que criamos, fomos criados com um “papai do Céu” que protege e não deixa mal acontecer a nós. Isto é, uma imagem infantilizada de Jesus Cristo que é revelada em meio ao sofrimento, uma vez que nos revoltamos, por vezes, e vemos um Deus que não é Aquele “papai do Céu” que julgávamos que era.
É no sofrimento que ou crescemos, amadurecemos ou regredimos, pois são nesses momentos que vemos quem nós “achamos” quem era Deus realmente. Fomos criando uma caricatura de Deus que não existe. Amados, nossos pais, por vezes nos ensinaram que Deus era um paternalista, ou seja, quer ter o filho para si, como se fossemos uma criança a vida toda; tratando-nos como “meu filhinho” para sempre. No fim questionamos: “Se Deus me ama, porque permitiu que isto ou aquilo acontecesse comigo?”
Em algum momento da sua vida você já perguntou: “Será que Deus tem me ouvido?”, “Eu me sinto abandonado por Deus!” ou “Onde está Deus que não me ajuda?”. A frase mais comum é “o que eu fiz para merecer isso?”, essas perguntas estão em nós e fazem com que vamos nos regredindo na vida espiritual até chegar ao ponto de criarmos um inferno dentro de nós, pois damos espaço para o diabo e esquecemos de Deus.
Quando duvidamos de Deus é difícil permanecer dentro da Igreja, vamos nos afastando com sutileza. Amados, quanto inferno está entre os esposos uma vez que um não é transparente com o outro. Afirmamos que está “tudo bem”, mas por dentro estamos vivendo um furacão que não temos dimensão do estrago que tem feito.
“Antes, quando não rezava minha vida era mais fácil, mas quando comecei a caminhar na Igreja, minha vida virou um inferno,” você já disse isso? Essa frase é mais comum entre nós do que se imagina. Vamos cavando o próprio inferno e alimentando o furacão que mata em nós a esperança. O olho do furacão começa quando olhamos para nós mesmos: pára de ficar rodando em torno de você! Pare, meu filho, Deus diz para você que muitos furacões da sua vida acontecerão porque você ficou rodando em torno de você mesmo.
Um furacão é egoísta pois suga tudo para ele. Ao vivermos assim, podemos chegar ao ponto de ter raiva de Deus, pois vivemos pensando que tudo o que acontece não deve ser como Deus quer, mas como eu quero.
Deus quer curar todas as raivas que fomos encubando em nós. Há pessoas que estão ficando velhas antes do tempo por tanta raiva que vem, ao logo dos anos, acumulando em si. Não permita que estes sentimentos tirem de você a liberdade de filho de Deus que tem: “a confiança filial é experimentada e provada na tribulação”, nos ensina o Catecismo da Igreja Católica.
Transcrição e adaptação: Luana Oliveira