Começo falando sobre a devoção a Nossa Senhora das Dores. Podemos andar por todo o Brasil e ouviremos falar das sete dores de Maria, a mulher que sofre todas as dores por nós.
“Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma” (Lucas 2, 25-35).
Mas por que todo este sofrimento? Porque ela é a nossa Mãe! Maria estava aos pés da cruz e os apóstolos deram conta de como ela era importante. Maria é a humanidade que sofre diante da cruz, por isso essa identificação. O Senhor foi bem claro ao dizer: “Quem quer me seguir tome a sua cruz!”
Deus faz, mas precisamos ter paciência, pois a nossa hora vai chegar! Contemple a Mãe do sofrimento, coloque-se aos seus pés; não podemos nos esquecer de que ela sepultou seu Filho. Nós não olhamos, como deveríamos, o grande silêncio de dor dessa mulher, que aos quinze anos teve a notícia de que seria a Mãe da nossa salvação. Dos seus quinze anos até a ressurreição de Jesus, Nossa Senhora viveu na dor e na escuridão.
Naqueles momentos mais difíceis você se pergunta: “Por que minha graça ainda não chegou?” Deus não está demorando, Ele está caprichando, sua hora vai chegar! Santa Mônica e Santa Rita de Cássia são grandes exemplos disso. Hoje se aprofunde na devoção de Nossa Senhora, essa mulher que viveu na dor; olhe para ela que teve que enfrentar toda a dor e toda a humilhação por seu Filho Jesus.
Nós imaginamos que João era o preferido, mas Jesus certamente o amou, pois ele estava ao lado de Sua Mãe no momento da dor. Quantas mulheres estão passando por dores, quantas estão chorando por seus filhos no calvário das drogas, da bebida! Olhe para Nossa Senhora das Dores e aprenda com ela a ter firmeza.
Queria que vocês, pais e mães, imaginassem seu filho morto em uma pedra. Maria não teve tempo de sepultar seu Filho, ninguém foi até ela dar uma água com açúcar. Nossa Senhora teve que correr atrás do funeral para Ele.
Nas nossas igrejas estão acontecendo muitas coisas erradas, muitas vezes, as pessoas vão à igreja para tomar conta da vida dos outros, acham que a igreja é local de desfile de moda. Os católicos estão pensando que ser igreja é mandar nela; muitos leigos acham que estão servindo a igreja, mas, no fundo, estão apenas atuando!
Pedro, Tiago Maior, Tiago Menor fugiram, deixando Jesus, mas Maria os perdoou.
Quando a família se cansa de cuidar de seus filhos e uns dos outros e casais que mal se casam e já querem se separar é preciso ter Nossa Senhora das dores como exemplo. Vamos rezar, mudar o coração dessas pessoas! Nós, devotos de Nossa Senhora, temos que seguir o seu exemplo de mulher forte.
Não tenha medo das críticas, da incompreensão, nunca diga: “Eu já fiz tudo!”, pois quem faz tudo é Deus! Seja uma pessoa forte, um homem e uma mulher de fé. Vá à igreja, pois Deus é a cura! O que é calvário hoje será assunção amanhã!
As dores de Maria são encantadoras, quando ela perde seu Filho é como se nós estivéssemos perdendo um jovem para as drogas. Feliz a mãe que, quando perde o filho, fica de pé, de joelhos assim como Nossa Senhora, esperando que seu filho volte. Que nós sejamos aquela Maria que olha por seu Filho. Nossa Maria, singela, pura, doce, ajude-nos a enfrentar nosso calvário, enfrentar a espada.
Transcrição e adaptação: Karina Aparecida.