Que alegria é poder viver esse momento de devoção à Jesus misericordioso. Esta devoção é tão rica de práticas, que talvez nós podemos nos perder e deixar de lado. Por isso precisamos retomar. Nos encontros, nós aprendemos a trazer para bem perto da realidade essa devoção. Nós corremos o risco de talvez só pensar em rezar o terço e ou somente dizer as palavras: “Jesus, eu confio em vós!”. Precisamos viver na prática, na vida, esta devoção.
Neste 6º encontro, estamos meditando através da palavra do Papa Francisco que diz: “Nós precisamos sair de nós mesmo para ir em direção do outro”. Nós precisamos sair dos problemas e olhar mais para Jesus misericordioso. Precisamos sair de nós mesmos e ir para o Senhor. Pois, há uma tendência que temos de ficar paralisados diante dos nossos problemas, nossas dificuldades. Mas em todas as situações está Deus. Do coração de Jesus jorra sangue e água.
Nós precisamos viver alicerçados no sangue e água que jorra do coração de Jesus. Muitas vezes, nem sabemos direito o que têm dentro da gente para saber o que fazer. Mas, devemos sair de nós mesmos.
O Papa Francisco diz: “Deus não nos esperou ter com Ele, mas caminhou ao nosso encontro”. Com alegria eu digo para você que quer crescer e quer uma resposta madura no seu viver cristão: “Não fuja da cruz!”. Você não pode viver a sua vida cristã alicerçada nos problemas, mas no coração aberto de Jesus. Este amor de Jesus misericordioso é a amor que nos conduz ao sacrifício. Se pegarmos as revistas e os jornais não acharemos a “palavra sacrifício”. Hoje, nós não queremos sacrificar-nos por ninguém.
Foi lá na cruz que começou a festa da divina misericórdia. No Céu, Jesus está com o peito aperto. O que tem sido tão duro e tão incompreensível que você não tem aberto o seu coração para o outro? Que dor maravilhosa é essa que você tem vivido, que te leva para Jesus? Que dor bendita tem aberto o seu coração? Essa dor é bendita porque nos leva a ser cristãos. Você aceita e traz no peito um coração aberto?
É bem provável que exista na sua vida esta dor e talvez você deseja se livrar dela! Mas essa é a dor que abre o seu peito. Que “bonito” vai ser se um dia você morrer com o coração aberto para os outros. Precisamos nos sacrificar por causa do outro. As palavras sacrifício, morte, cruz e ressurreição estão ligadas a Jesus e nós precisamos passar pela cruz.
A felicidade que vivemos aqui é apenas uma faísca pequena perto da alegria que viveremos no Céu. O Papa Francisco também nos convida a viver as situações sempre com Jesus. Nós devemos ter dentro de nós essa certeza: “Foi por mim que Jesus morreu. Foi por mim que Ele derramou sangue e água na cruz”.
Nós precisamos sair em direção para os outros, para as nossas famílias e para os necessitados. Não tenha receio! O caminho para encontrar a vida em Jesus misericordioso passa por essa dor que você esta vivendo agora e nós precisamos nos render para essa realidade. Desde sempre eu ouço o nosso pai fundador, monsenhor Jonas Abib, dizendo: “Não existe Cristo sem dor, sem cruz”. Por isso é preciso confiar, esperar!
É preciso tomar a cruz. O Papa Francisco diz: “O trono real de Cristo é o madeiro da cruz”. Só que muitas vezes nós não queremos saber da cruz. Precisamos pedir a graça ao Senhor para caminhar como Jesus caminhou. Para viver a devoção a divina misericórdia, o Papa ensina a abraçar a cruz e viver com felicidade, porque nos aproximamos de Jesus.
Por você ser uma pessoa cristã, as pessoas tem oportunidade de abrir em você um chaga de amor. Eu sei que você não quer viver apenas uma devoção, mas quer viver na vida essa devoção. O mundo tem ensinado a você a se proteger, não se aproximar das pessoas. Talvez, você pode blindar-se para se proteger, para que ninguém se aproxime de ti. De quem você tem se blindado? É nessas dores, com essas pessoas, que de fato nos tornamos pessoas cristãs.
Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio