“Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8,1-11).
Jesus cultivava o relacionamento com Deus por meio da oração. Mas, talvez, até o dia de hoje, você não tenha o Senhor como alguém com quem você se relacione diariamente.
Na Palavra, vemos que Maria Madalena estava de frente com a morte. E no momento e que Jesus se inclinou para escrever no chão, Seu olhar cruzou-se com o dela. Assim também acontece com todos nós quando, um dia, Jesus cruza Seu olhar com o nosso.
Maria Madalena contemplou a mudança que Cristo realizou em sua vida, pois, depois de três anos, no momento da crucifixão, ela estava lá diante da cruz. E o que mais me encanta em Jesus é que Ele não olha somente o nosso passado, a vida velha, mas sim o nosso presente.
A experiência com Deus não é para ser vivida na superficialidade; a vivência com Cristo é para estar em nossa vida desde a hora em que acordamos até o momento em que vamos dormir.
Jovens, não se conformem com este mundo. Enquanto você, que é coordenador [de grupo de jovens] não enraizar esses valores na sua vida – a castidade, a obediência e a pobreza –, ela não terá sentido.
Se não tivermos a vontade de Deus enraizada em nossa vida, tudo não vai passar de uma vitrine. Cada pessoa que o Senhor colocou em nossa vida, a partir da nossa casa, da nossa família, é uma oportunidade para sermos melhores a cada dia.
O diabo não se importa se você está na Igreja ou não, ele está preocupado com o fato de você estar em Deus ou não, pois há apessoas que estão na Igreja, mas longe do Senhor. Precisamos de um relacionamento concreto e direto com Deus, este é o caminho para a felicidade.
O que, de fato, você ainda não entregou a Deus? Quais são as suas limitações? O Senhor não se preocupa com sua limitação, mas com a abertura do seu coração. Ele quer fazer na sua vida o que fez na vida de Maria Madalena.
Às vezes, penso que somos, diante de Deus, como uma criança de três anos, com as quais os pais falam “não suba a escada”, mas ela sobe por teimosia, mesmo que se machuque. Muitas vezes, somos crianças birrentas, para as quais Deus diz ‘não’, mas dizemos ‘sim’.
Se não nos decidirmos por Deus, corremos o rico de viver uma vida dentro das quatro paredes da igreja e não nos transformarmos.
“No entanto, eu poderia confiar também na carne. Se há quem julgue ter motivos humanos para se gloriar, maiores os possuo eu: circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu e filho de hebreus. Quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça legal, declaradamente irrepreensível.Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo.
Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo” (Filipenses 3,4-8).
Chega de sermos ‘Jovens Sarados’ em cima do muro. Está na hora de assumirmos essa Palavra para a nossa vida, está na hora de sermos luz para as pessoas. Mais que ‘Jovens Sarados’, precisamos ser cristãos, ser o próprio Cristo. Nosso testemunho precisa ser reconhecido como cristão.
O que você tem feito com a verdade que conhece? Com o fato de Jesus ser a fonte da sua alegria? Você precisa testemunhar isso no seu trabalho, no ambiente em que vive.
São Francisco diz: “Evangelize sempre; se necessário, use palavras”. Testemunhe! Saia de cima do muro. Precisamos nos decidir diariamente por Deus!
“Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso, todos quantos já somos perfeitos, sintamos isso mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vô-lo revelará” (Filipenses 3,14-15).
Transcrição e adaptação: Elcka Torres