.: Assista ou ouça essa homilia, na íntegra
Homilia: Evangelho segundo São Lucas 15, 1-3.11-32
Tenho a graça de partilhar neste acampamento a graça da Misericórdia Divina, e agora no momento mais importante do dia, que é a Santa Eucaristia, vamos olhar para a profundidade de Jesus, que faz d\’Ele revelação do rosto do Pai.
Já ouvimos tantas vezes a história desse menino, o objetivo principal desse trecho, neste tempo de Quaresma, é fazer com que percebamos que neste processo de conversão, que é um processo de vida, a primeira iniciativa é sempre de Deus, que em sua infinita misericórdia não se esquece de nós, é Ele quem tem o coração voltado para a nossa situação existencial, para a nossa miséria; um coração voltado para a sua realidade, para a minha realidade.
Este menino qual fala o Evangelho somos nós mesmos. Esta parábola é uma metáfora de toda a humanidade que precisa ser tocada pela Misericórdia de Deus. Este Pai que não se cansa de olhar para nós e esperar nossa volta, que espera que reflitamos e reconheçamos que precisamos do Pai. Longe da casa do Senhor, o meu lugar é alimentar-se de comida de porcos. Cada um de nós precisa fazer esta experiência de que somos amados por Deus.
Quando nós estamos no pecado, mergulhados na lama, é bem mais fácil perceber e chegar até a Misericórdia de Deus, agora quando estamos na situação de já estarmos na comunidade, realizando muitas obras fica mais difícil. A gente só se encontra como gente quando nos encontramos com a misericórdia de Deus.
Deus nos lembra, sobretudo neste tempo da Quaresma, que só podemos nos encontrar como pessoas quando nos encontrarmos com a misericórdia de Deus. É preciso tomar muito cuidado porque podemos nos tornar como o filho mais velho, conforme foi narrado no Evangelho de hoje.
A gente só muda quando formos tocados pela Misericórdia de Deus. Quanto mais isso acontecer é que você vai se tornar forte, santo e puro, e muitas vezes somos resistentes, é por isso que a Quaresma a cada ano nos proporciona a experiência de nos encontrarmos com a Misericórdia Divina.
Veja bem a situação deste filho mais velho; o Pai com certeza, depois que o filho mais novo saiu para o mundo, espera o filho, mas o filho mais velho que vive dia a dia do lado do pai, vive todas as prescrições da religião, dotado de arrogância, de auto-suficiência, mesmo vivendo na casa do pai, ele não aprendeu nada do coração misericordioso, pois tinha o sentimento de que agora tudo era seu.
Às vezes, nos esforçamos para fazer tudo direito, mas não somos atingidos pela Misericórdia, não temos um olhar misericordioso.
O coração mais próximo do coração de Deus é o coração de mãe. As mães são incansáveis no amor, elas vêem possibilidade de conversão, de mudança, de transformação naqueles filhos que estão presos numa Febem, coisa que muitos de nós não vemos ou nunca presenciamos. Elas têm esperança de levar alegria para aquele filho amado para que ele possa, um dia, chegar a ser como o filho pródigo e volte para o Senhor.
Quando tocamos a dor do outro, somos tocados e mudamos de opinião, de visão, e passamos a ouvir a ponto de tocar o coração. Quando você sabe do sofrimento do outro, você sabe amar o outro, é assim que Deus nos ama e vê.
Que ao tocar a Eucaristia, que você possa ter o coração transformado por Jesus, um coração capaz de se deixar tocar pela dor, sofrimento do outro, para que todo o seu ser se compadeça, para que você encontre Jesus disfarçado nos dependentes químicos, menores abandonados, nos desprezados, e você é chamado a fazer alguma coisa, a partir, do coração misericordioso de Jesus.
Você não pode impedir que Deus te ame. Ele te ama infinitamente. Nesta \’escola\’ de Jesus precisamos estudar, nos formar e nos doutorar.
Você pode adquirir essa palestra através do telefone: (12) 3186 2600