Meditemos a Palavra de Deus em I Coríntios 13, 3-7 para descobrirmos o desejo de Deus para nós: “Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
São Paulo vem culminando ao coração do homem esse hino ao amor, recordando que o amor tudo crê, tudo espera e suporta. Mas é fácil crer, esperar e suportar? Claro que não! É uma luta, na qual precisamos escolher de que lado estamos, se é o bem ou o mal que nos guia pelo caminho.
O primeiro ato de amor é o de Deus. Ele nos ama em todas as Suas ações e tem o Seu fim no amor. Ao acreditar nesse amor, podemos transmitir amor ao próximo. Amar, às vezes, é uma luta e enfrentamos muitas dificuldades. É muito fácil amar quando nos amam, quando o amor é correspondido. Mas e quando temos de amar quem não nos respeita, que nos trata com frieza? É um grande desafio! Vejo tantos casamentos que são tratados com frieza, e os casais não se conhecem mais.
Na minha adolescência, quando li na Bíblia: “Trate bem o seu inimigo”, “Não fuja de quem quer te pedir emprestado”, “Perdoe setenta vezes sete”, eu pensava que aquilo era muito difícil.
Jesus resumiu os mandamentos em duas coisas muito importantes: “Amai a Deus sobre todas as coisas” e “Amai o teu próximo como a ti mesmo”. Ele disse em que circunstâncias deveríamos amar? Não. Ele usa apenas uma circunstância: a grande vitória do cristão é amar, não importa o que a pessoa lhe dará em troca!
“Levantou-se um doutor da lei e, para pô-lo à prova, perguntou: Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna? Disse-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como é que lês? Respondeu ele: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento (Dt 6,5); e a teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)” (Lucas 10, 25-27).
Amar quem está limpinho, quem já é maduro, quem já responde com a capacidade que queremos, é fácil. O desafio do amor está naquelas pessoas que estão sujas em sua forma de amar! Muitas vezes, queremos amar o próximo, mas não queremos entrar na intimidade dele, saber porque é tão ferido.
Como podemos amar aqueles que não nos trazem felicidade?
A base do perdão está em conhecer os sentimentos do próximo para depois termos compaixão. Só Deus é a fonte de amor, e Ele nos ama! No poder do amor há força para vencer qualquer mal. A única vitória verdadeira é a da cruz salvífica de Cristo.
Nesta dinâmica do amor, que é o erro do mundo, acabam usando o outro para gerar prazer, mas o amor parte de Deus, é sempre uma doação, e quando nos abrimos a este amor de Deus nos sentimos completos para amar o próximo.
Devemos ser para as pessoas reflexo do amor. Santa Rita de Cássia é um exemplo maravilhoso, queria ser freira, mas pela autoridade de sua família precisou se casar. Seu marido era um assassino e na luta de amá-lo viveu um grande conflito.
Deus disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, pode ser um próximo da sua casa, do seu trabalho.
Peçamos a graça de Deus, para que nos dê sabedoria quando não soubermos como dar amor a quem nos trata mal. É um desafio, mas nos ajudará a alcançar o céu!
Transcrição e adaptação: Karina Aparecida