Unindo-nos a Cristo, alcançamos a redenção

Renata Vasconcelos e Marcos Marabá. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Renata Vasconcelos e Marcos Marabá. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Coube a nós falarmos sobre o seguinte tema: “Unindo-nos a Cristo alcançamos a redenção”. Olhando para todo aspecto do mundo atual, entendemos que este tema nos faz tomar uma posição de nos unir a Cristo.

Esse Deus maravilhoso há 2 mil anos enviou Seu Filho amado, Jesus, para morrer na cruz por nós. Cristo se entregou, deu-se plenamente por nós. E Sua entrega nos revela a aliança e o desígnio do sacramento do matrimônio.

Sem Cristo, sem entendermos onde está solidificado o sacramento do matrimônio, tudo perde o sentido. Nada pode “ser da nossa cabeça”, porque o mundo está aí querendo destruir as famílias. Você já parou para pensar no quanto o mundo tem trabalhado para destruir nossas famílias?

Para sermos unidos a Cristo, precisamos nos entregar a Ele diariamente. Cristo é a cabeça da Igreja e o sentido da nossa casa precisa estar unido a Ele. Precisamos deixar claro que entre o nosso matrimônio está Jesus.

Nós somos sinal para um mundo que precisa das famílias e dos testemunhos delas. Precisamos mostrar para o mundo que tem jeito e que somos a nova célula da sociedade, nascida do coração de Jesus. Precisamos nos centrar e permanecer em Cristo juntamente com nosso parceiro.

“Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mateus 19, 5-6).

As pesquisas apontam que em alguns países há mais separações do que casamentos. Sabemos que é pela família que se nasce um mundo novo. O que se vê hoje é um grau de intolerância sobre os esposos, pois as pessoas pensam: “Eu me caso. Se não der certo, separo-me!”.

A família é sagrada, mas querem destruir o sentimento do amor. Nós também precisamos entender que o amor, o casamento não são contos de fadas. Assim como o sacrifício de Cristo foi para nos salvar, o matrimônio é para salvar o mundo!

O amor é sacrifício, mas precisamos colocar Cristo no centro de tudo. Coloco aqui algumas características do sacrifício:

A primeira característica é a renúncia. Deus se despojou de Si e deu-Se até a morte por nós. No casamento, precisamos nos despojar, porque somos “nós numa só carne”. Você já parou para pensar se tem se despojado?

A segunda característica é a fidelidade. No dia do casamento, fizemos uma promessa de que seríamos fiéis uns aos outros. O mundo tem nos oferecido tantas propostas falsas e ser fiel é a entrega no dia a dia, é ajudar o parceiro. Precisamos ser fiéis aos desígnios de Deus para nossa vida!

A terceira característica é o abandono. Quantas vezes os casados já se sentiram só? Mas o cumprimento da promessa de Deus ao matrimônio acontece mesmo quando nos sentimentos só.

Nós não podemos perder de vista essa união que nasceu por meio da cruz de Cristo, o melhor consultório de terapia conjugal.

O mundo tem pregado o “casamento contos de fadas”. No dia do casamento, prometemos ser fiéis na saúde e na doença, mas isso não vem acontecendo.

Quando nos casamos, não estava nos nossos planos ter uma enfermidade. Tínhamos o plano de ter filhos e vivermos nossa vida. Nós nos casamos. Foi tudo lindo! Olhamo-nos e prometemos ser fiéis um ao outro na saúde e na doença.

"A cada sofrimento, a cada perda tínhamos o Crucificado entre nós.", relata o casal. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

“A cada sofrimento, a cada perda tínhamos o Crucificado entre nós”, relata o casal. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Com seis meses de casados, fui diagnosticada com endometriose, por isso tínhamos dificuldades para ter filhos. Conforme tudo acontecia, íamos nos fortalecendo em Cristo. Não foi fácil passar pelo tratamento, as tentativas, as perdas, pois a infertilidade não é fácil. A cada sofrimento, a cada perda, tínhamos o Crucificado entre nós.

Numa viagem em missão para a Ilha de Marajó (PA), eu, Renata, senti um incômodo em uma de minhas mamas. Passei por alguns exames e esperava pelo diagnóstico. Participávamos de uma Vigília Pascal e, num momento de oração, vi uma jovem com um lenço na cabeça. Ela passava por mim e acendia a minha vela. Nesse momento, Espírito Santo me disse: “Você vai passar por isso, mas não lhe faltará fé!”.

Dias depois, foi diagnosticado um câncer de mama. Passei pela quimioterapia. Não foi fácil ficar sem cabelo. Perdi toda beleza física, mas foi bom fazer essa experiência, pois percebi que meu esposo me amou mesmo quando eu não tinha beleza alguma para lhe dar.

Medite essa Palavra que nos ajudou muito: “Eu, porém, volto meus olhos para o Senhor, ponho minha esperança no Deus de minha salvação; meu Deus me ouvirá. Não te alegres a meu respeito, inimiga minha; se estou caída, levantar-me-ei; se estou sentada nas trevas, o Senhor será minha luz” (Miqueias 7, 7-8).

“Conjugal” é a união no matrimônio mesmo quando não há mais aquela beleza de antes. Sentimos muito por tantas mulheres que são deixadas por seus esposos quando descobrem o câncer!

A maior necessidade é o poder do Alto, esse poder de voltar-se para o Senhor, porque a morte e o inimigo não podem cantar vitória em sua vida e em seu matrimônio!

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida

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