Aqueles que são fracos terão saúde. Os surdos passarão a ouvir, os mudos passarão a falar, os paralíticos andarão. Poesia linda! Mas é somente poesia? Tenho certeza que as pessoas sofredoras olham para essas palavras e só veem poesias, porque a leem e continuam doentes.
Quando Jesus curava alguém, normalmente acrescentava algo muito importante: “O Reino de Deus está entre vós”, porque estar curado fisicamente e parar por aí não é o suficiente. Há muitas pessoas fortes, mas, ainda sim, são cheias de tristezas, de ansiedades. Portanto, não é suficiente ser forte. Há muitas pessoas cheias de fortaleza que cometem suicídio.
Há pessoas que, externamente, parecem felizes, mas, internamente, são muito infelizes.
A verdadeira cura é encontrar-se com Jesus. Se você não se encontrar com Ele, não estará curado. Toda cura, afinal de contas, é parcial, temporária. Se somos curados, não temos garantia de que não vamos ficar enfermo novamente. Onde estão as pessoas curadas por Jesus no Evangelho? Morreram. Mais tarde, foram acometidas de outras enfermidades, afinal não fomos criados para este mundo.
Toda cura é temporária; o que não é temporário é o seguimento de Jesus, porque estamos nos direcionando a nos encontrarmos com Ele no Paraíso.
É importante ter em mente que o Senhor quer sempre a nossa cooperação. Muitas vezes, nossa oração é “Jesus, cure-me”, “Jesus, liberte-me, proteja-me”. Mas e nós? O que vamos fazer? Nunca perguntamos: “Jesus, o que o Senhor espera de mim?”. Precisamos fazer a nossa parte.
Lembre-se que quando Jesus ressuscitou Lázaro da morte. Aqui, temos três estágios desse milagre:
O primeiro é quando o Senhor diz aos homens: “Tirai a pedra do túmulo”. Por que Ele mesmo não fez isso? Porque aqueles homens podiam fazer isso. E o que você pode fazer, o Senhor não fará em seu lugar?
Muitas vezes, a cura não acontece, porque uma parcela da cura, que é nossa, nós não a fazemos. Se não fazemos aquilo que precisa ser feito, Deus também para, porque precisa haver cooperação entre Ele e o homem.
Há um segundo passo, no qual o homem não pode ajudar. O texto diz que Jesus entra no túmulo, mas não pede que ninguém entre com Ele, porque ali o homem não poderia ajudá-Lo. Na ressurreição, homem nenhum poderia ajudá-Lo.
Na terceira parte, Lázaro, quando vem para fora, está todo enrolado em faixas. Por que Jesus não ordenou que aquelas faixas caíssem? Porque a Palavra de Deus é viva, ela realiza aquilo para qual ela foi dita. Por que Lázaro ficou, então, enfaixado? Porque ali haviam pessoas que poderiam fazer isso. Se aqueles homens não obedecessem, Lázaro morreria novamente, amarrado nas bandagens. Então, você percebe que se o homem não coopera, a ação de Deus pode ser destruída.
É bom que você venha diante de Deus e Lhe peça a cura, mas isso não é suficiente. É preciso que você Lhe pergunte: “qual é a minha parte? O que o Senhor quer que eu faça?
É essencial voltar-se para Ele é Lhe perguntar: “O que devo fazer?” Se você tem câncer, depressão, vícios, apego ao dinheiro e quer ser curado, a primeira coisa a ser feita é perguntar: “Senhor, o que quer que eu faça?”. O Senhor vai agir em sua pequena parcela de colaboração.
Precisamos também ter em mente que a cura acontece dentro de uma atmosfera de amor, pois é o amor que verdadeiramente cura, mais até que a fé.
Transcrição e Adaptação: Michelle Mimoso