Nesta palestra sobre pornografia, sei que soa um pouco estranho meu comentário, mas a única coisa que temos de fazer é crescer nosso amor pelas atrizes pornográficas por meio dos escritos de João Paulo II.
Um bispo disse que todos os ensinamentos da Igreja são difíceis para as pessoas aceitarem. Como fazer para isso seja atraente para o mundo moderno? Certa vez, falou João Paulo II: “É necessário entender a alma da mulher. Não é isso que toda mulher quer? Ser compreendida? Não é isso que todo homem tenta fazer? Entender o mistério feminino? E se vamos entender a alma da mulher, precisaremos entender o corpo dela”.
No início, o corpo nu de Eva era um convite para Adão amá-la como Deus a amava. Amor livre, total, fiel e aberto à vida. O corpo dela era um convite ao amor. O corpo é bom, muito bom. A meta da pureza não é apenas olharmos para ele, mas aprender a olhá-lo de uma maneira apropriada.
Infelizmente, ao crescer, eu confundi amor com luxuria, pois vi a pornografia, pela primeira vez, aos 9 anos. Ela foi entrando em minha vida e eu achava que não havia problema. Mas quando o homem é viciado em coisas pornográficas, ele fica masculinizado. Na pornografia, o homem arranca da mulher o que ele quer.
Uma vez, conheci uma atriz que fazia filmes pornográficos em um aeroporto. Ela havia posado nua para revistas masculinas. Quando vemos pornografia, não olhamos apenas para um corpo, mas também para a filha de alguém. Muitas mulheres que vivem neste mundo pornográfico foram violentadas, e os profissionais dessa indústria têm uma alta taxa de mortalidade por drogas, assassinatos e depressão.
Na Igreja Católica, há o Santo Vitalis de Gaza. Ele gastava todo o dinheiro que tinha com as prostitutas de sua cidade, mas não dormia com elas; pelo contrário, ele pregava o Evangelho para elas. Muitas dessas mulheres converteram-se e tornaram-se grandes esposas. Um tempo depois, ele foi morto por uma dessas prostitutas; isso fez com que as outras fizessem uma procissão até seu túmulo. Digo isso para afirmar que eu acredito na redenção do homem e da mulher, estejam eles em qualquer situação.
Sabemos bem que, quando pecamos, buscamos formas de justificar nossos erros. Deus não se importa com aquilo que não fizemos, mas Ele quer saber o que fizemos, pois Ele é obcecado pelo coração do homem.
A mulher, quando vive a pornografia, é machucada, seja pelas doenças sexualmente transmissíveis ou pelas doenças da alma. A única saída para elas é amor. Não podemos julgá-las, porque muitas delas perderam a fé ou até mesmo não se amam mais. Os homens que ficam, mais de uma hora, vendo pornografia, conseguem ver, no corpo da mulher, aquilo que levariam mais de cem anos para descobrir. Quando esse mal entra no casamento, este pode acabar!
Há casais que admitem viver a pornografia ainda casados, pois acham que o casamento é o preenchimento de tudo o que veem dela. Há filhos que sabem que seus pais têm acesso a revistas e filmes pornográficos. Quando isso acontece, a figura do pai para aquele jovem ou adolescente se torna distorcida.
Recordo-me de que, quando me casei, eu consegui ver a sombra da minha esposa pela janela. Logo que ela entrou, é como se eu tivesse visto a imagem da mão de Deus, atrás dela, dizendo-me: “Eis aí a sua esposa. Valeu a pena esperá-la!”.
A mulher é a coisa mais linda que Deus criou! Nada existe de mais belo do que ela. Se ela é a coisa mais linda sobre a terra, um ser perfeito do Céu, devemos aprender que é atrás dela que o homem pode se achegar a Deus.