O nosso resgate foi pago, não podemos nunca nos esquecer disso. Estávamos presos, cativos, sem esperança, nada podíamos fazer por nós mesmos, mas Deus se compadeceu de nós, o inimigo d’Ele pediu um preço muito alto e o Senhor não hesitou em pagá-lo, pagou com o próprio Filho, entregando-O na cruz. Deus Pai entregou o Filho em nosso lugar, para que tenhamos a vida d’Ele. É um amor impressionante, sem sentimentalismo; amor de quem é o Amor, como já diz São João: “Deus é Amor”. Ele é Amor por nós. Amor que não falha, não muda.
Precisamos, portanto, ter um coração grato ao mistério do Deus, que é Amor e se entrega por nós. Um Amor, como o de Deus, não pode ficar sem nossa resposta, não apenas com palavras, mas sim, mergulhados no verdadeiro Amor. Nossa resposta deve ser dada por meio de nossas atitudes.
“Meu chamado é pra te amar, e amado te tornar…” [música cantada pelo ministério de música]. Ou seja, uma vez que experimentamos o Amor de Deus, precisamos também torná-lo conhecido. Existe um voz que clama, que ecoa, por isso ninguém pode ficar de fora, mesmo que nos sintamos as piores pessoas: somos chamados ao arrependimento [de nossos pecados].
Pais, amem a Deus e O tornem amado por seus filhos!
Você que se apaixona por esse Amor, fecunda a outros. O Amor de Jesus é uma experiência que, ao fazê-la, transbordamos aos outros.
O Senhor nos amou muito, mesmo antes de nascermos. No ventre de nossas mães já éramos amados por Ele.
Como experimentamos o Amor de Deus? Amando-O. Quando amamos uma pessoa, precisamos demonstrar esse amor. Temos, como comparativo, o amor do mundo que, muitas vezes, nos machuca, mas o Amor de Deus nos cura e nos encoraja. Entreguemos, portanto, nossa vida nas mãos d’Aquele que tudo pode. Tenha como objetivo de vida amar a Jesus, colocando-O sempre em primeiro lugar. No entanto, para amar, é preciso conhecer, não amamos o que ou a quem não conhecemos, mas quando conhecemos Jesus é impossível não se apaixonar por Ele.
Saulo era um perseguidor de cristãos, armava ciladas para eles, mas não os vencia. Então ele procurou conhecer Jesus, a quem ele não conseguia vencer, e o incrível aconteceu: de tanto insistir, foi alcançado por Seu Amor. E hoje, temos o grande São Paulo como um dos santos que, com a vida, tornaram Cristo amado e conhecido. Como Simão Pedro que, no início, mesmo estando ao lado de Jesus ainda não O amava totalmente, e foi pela provação que isso aconteceu:
Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus e este era conhecido do sumo sacerdote. Ele entrou com o Senhor no pátio do sumo sacerdote. Pedro ficou do lado de fora, perto da porta. O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a criada que atendia a porta e levou Pedro para dentro. A criada disse ao apóstolo [Pedro]: “Não pertences tu também aos discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não”. Os servos e os guardas haviam feito uma fogueira, porque fazia frio; estavam se aquecendo, e Pedro estava com eles para se aquecer também.
O sumo sacerdote interrogou o Senhor a respeito dos discípulos d’Ele e do ensinamento que Ele lhes dava. Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que que ouviram o que eu falei; eles sabem o que eu disse”. Quando disse isso, um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada n’Ele, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?” Jesus replicou-lhes: “Se falei mal, mostra em que falei mal; e se falei certo por que me bates?” Anás, então, mandou-O, amarrado, a Caifás.
Simão Pedro continuava lá, aquecendo-se. Disseram-lhe: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?” E ele negou: “Não”. Então um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: “Será que não te vi no jardim com ele?” O apóstolo negou novamente e, na mesma hora, o galo cantou (cf. Jo 18,14-27).
O Evangelho se refere a Pedro, que foi colocado como “pedra sobre a qual foi construída a Igreja”, mas que negou o Senhor. Mesmo isso acontecendo Jesus não desistiu dele, continuou amando-o. Ainda que neguemos e fracassemos, como Simão Pedro, Cristo não desiste de nós nunca!