Se tivermos docilidade de coração poderemos amadurecer nossa fé
O fruto que vamos colher, por buscar Deus todo o tempo, é a eternidade.
Sede benditos do Senhor! Bendito é aquele que porta a presença do Senhor, mas nós usamos tão mal essa palavra! Quando não queremos xingar alguém, dizemos: “Aquele bendito!”. Mas não é esse o real sentido da palavra.
Você conhece pessoas que só de chegar perto delas já é bom? Só de conversar com elas, você já se sente bem? Existem pessoas assim, que nos fazem querer ser iguais a elas, não por inveja, mas porque resplandecem a luz de Deus. É por essa razão que também temos devoção pelos santos.
Qual a caraterística das pessoas benditas? Elas amam profundamente o Senhor. Amamos Deus e nos esforçamos para amá-Lo, e chega um momento em que queremos saber se estamos amando o Senhor como devemos.
A Palavra de Deus responde:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele” (João 14,21). Essa Palavra nos ensina a praticar o que Deus nos manda. Para saber se amamos o Senhor, precisamos nos perguntar, com sinceridade, se temos praticado as ordens do Pai.
A coisa mais fácil é nos despistarmos de nós mesmos, mas de Deus não conseguimos nos esconder. Para nos olharmos, precisamos parar e silenciar, no entanto, temos medo de nos ver com sinceridade.
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Precisamos nos perguntar se estamos sendo bênçãos, se estamos guardando a Palavra do Senhor.
“Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram. Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda. Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes. Outras sementes caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram. Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um, sessenta por um, trinta por um. quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho. O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida. mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda. O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa. A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um” (Mateus 13,4-8; 19-23)
Quem nos explica essa Palavra é o próprio Senhor. São Paulo diz que a fé vêm pela pregação, e Jesus é a Palavra semeada entre nós. Ele nos explica a variedade de terras do coração. A pessoa que está ao seu lado pode estar ouvindo o mesmo que você, mas ter uma atitude completamente diferente da sua, porque a terra do coração dela é diferente. Algumas pessoa se colocam prontas para obedecer a Palavra, mas outras não!
Seu coração pode ser terra pedregosa, pouco profunda, que acolhe a Palavra com alegria, mas não tem raiz, é inconstante. Sobrevindo uma tribulação ou perseguição, logo encontra uma ocasião de queda. “Eu sou do Evangelho, mas até que ninguém me perturbe por causa disso!”
Não é preciso muito para que as pessoas nos tirem do sério. Isso acontece, porque nosso coração está aqui na Terra. Não podemos juntar tesouros aqui, mas sim no Céu, onde a ferrugem não chega nem a traça corrói.
Que coração queremos ter?
Precisamos colocar em prática a Palavra de Deus, que é acolhida em nosso coração, compreender as Escrituras e abandonar as coisas externas que nos afastam do Senhor, para nos abandonarmos n’Ele. Será que temos coragem de olhar para nós mesmos e ver o que nos falta abandonar para fazer a vontade do Senhor?
Como saberei que amo Deus? Quando ouço a Palavra, trago-a para dentro de mim e a transformo em testemunho. O cristão não é chamado apenas a viver a ética, mas fazer o que é certo, porque ama o que é certo.
Como verificamos quem de fato somos? Quando estamos sozinhos. É aí que detectamos o que temos de bom e ruim. Se não estamos bem, precisamos trabalhar o coração para que as raízes cresçam e possam dar frutos.
Para que sejamos portadores da bênção, precisamos ser sinceros com nós mesmos e dizer ao Senhor quais são nossas fraquezas.
Às vezes, rezamos apenas: “Senhor, eu te louvo e agradeço!”, mas não é só isso. Nossa vida tem muito mais coisas para falarmos a Deus. Às vezes, usamos nosso tempo de Igreja para sobressairmos às pessoas, mas isso não determina maturidade na vida com Deus.
Não é o tempo de caminhada que vai dizer de nossa experiência com o Senhor. Cuidado! A maturidade se mostra pela Palavra anunciada e acolhida.
Nosso amor pelo outro é a régua que vai medir nosso amor por Deus. São João já dizia isso, e com convicção.
Aquele que é abençoado precisa pegar tudo o que ouviu e compreendeu para transformar em frutos. São nas pequenas coisas que demonstramos o que aprendemos de fato. Quem é maduro e coerente em sua vida de fé dá frutos para Deus.
Das oportunidade que temos para ser santos, 99% estão nas coisas simples de nossa vida. É em nossa honestidade e postura, naquilo que vestimos e o que conversamos que se revela qual é a terra do nosso coração.
Somos atraídos, encantados por Deus, e isso nos faz caminhar. Não é a lei pela lei, mas o amor ao Senhor que nos faz caminhar. Não é a Lei que nos empurra, mas o amor que nos alcança. Diante de tamanha graça, curvamo-nos diante do Senhor por amor a Ele, não por obrigações.
Existem pessoas decepcionadas com Deus, porque viveram sofrimentos próprios do ser humano; elas queriam estar livres de todos os males e perdas, mas o Senhor não nos prometeu isso nesta terra.
Queira levantar-se neste dia e dar frutos para Deus!
Transcrição e adaptação: Rogéria Nair