Não tenha medo de ser instrumento, canal de ressurreição
Queremos, com esta Missa, voltar para as nossas realidades e talvez, você conheça os sepulcros em sua cidade. Você precisa levar a ressurreição de Jesus onde passar.
Queremos obedecer o Papa Francisco que tem pedido que sejamos uma Igreja em saída, uma Igreja que se dispõe a ir aos sepulcros. Você sabe quais são os sepulcros em sua cidade. Não tenha medo de ser canal de ressurreição nesses sepulcros.
Na primeira leitura os apóstolos afirmaram: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus” (Atos 4, 22). Teremos oposições até dentro da Igreja quando começarmos a ser instrumentos de ressurreição, pois quando a pessoa sai do sepulcro, não vai ser como o corpo de Jesus, já glorioso.
Aquilo que diz o apóstolo, hoje, será nossa realidade. Precisamos encarar o sofrimento de frente. Se você quer ser canal, agente de ressurreição, vai ter que passar pelas tribulações e não podemos fraquejar em meio a essas tribulações.
“Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado” (Atos 4, 26). Deus é autor principal de toda tarefa. Precisamos entender que não sou eu quem faço, quem realizo, é Deus quem faz!
O Senhor não está dizendo que será fácil. É necessário, filhos e filhas da Igreja Católica, passar por muitos sofrimentos para entrar no reino de Deus. Você está disposto a entrar no reino? Então, não desista!
Ele não nos enganou, o Senhor está nos revelando que é difícil, mas precisamos aceitar. A promessa de Deus para nós é um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra passaram, então o espaço está livre para uma nova geração. Há uma promessa para celebrar o casamento do Cordeiro.
“Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido” (Ap 21, 2). O sofrimento que estamos passando não tem comparação com a glória que nos espera. Precisamos estar apoiados nessa promessa, pois do contrário não vale a pena. Temos a perspectiva de um novo céu e uma nova terra.
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Haverá um final feliz e um infeliz
Eu estou lutando para que o meu final seja feliz, mas haverá um final, não tire isso da sua cabeça. Hoje, você liga a televisão e vê alguns dizendo que são felizes, mas vamos morrer e no final é que saberemos. Nós, padres, fizemos a nossa escolha e escolhemos um final feliz.
A Palavra de Deus diz que Ele será tudo em nós e nós seremos tudo Nele. Tem graça maior que essa?
No Evangelho, vemos que Jesus deu as últimas instruções aos discípulos, Jesus passou o testamento para os discípulos. Antes de morrer, Jesus pronunciou as últimas palavras e hoje, quero fazer esse papel de Jesus, dando a vocês as últimas palavras.
Enquanto o novo céu e a nova terra não chegam eu digo: “Ame, saia decidido a amar. Ame os mais difíceis, não jogue ninguém fora, o julgamento cabe a Deus. Não desista, insista! Você mãe, pai, Jesus está dizendo para você se decidir a amar”.
O testamento deixado por Jesus é o testamento do amor. Se vamos aos sepulcros, precisamos ir para tratar bem o defunto. Olhe para onde você está sendo enviado, para cuidar de defuntos. Coragem! Se ele morreu, queremos que vá para o céu e se é um “morto-vivo” o nosso desafio, a nossa missão é levar vida nova, esse é o apelo de Deus para nós hoje. Existirão sofrimentos, mas eles passarão. Enquanto não chega esse novo céu e nova terra, amem-se!
Alegria é um sinal de vida, tristeza é um sinal de morte. Portanto, leve alegria para o seu grupo. Não podemos ser sepulcros, se o outro chegou em nosso meio, ele tem o direito de ser ressuscitado, de experimentar o mistério extraordinário da ressurreição.
O movimento de Deus é gerar vida nova. Hoje, o céu está mais perto do que ontem e amanhã estará mais perto do que hoje e só há sentido se temos a visão de céu, de que Jesus vai voltar.
Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes
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