Este acampamento é para formarmos homens e mulheres dispostos a combater um bom combate. Por isso, nesta manhã de sábado, vamos ver exatamente isso por meio do que disse o salmista: “Bendito seja o Senhor, minha rocha, que ensina as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra” (Salmo 144,1).
Pegue sua Bíblia o veja o que Paulo disse sobre o atleta: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (I Cor 9,24-27).
Paulo, nessa palavra, diz de uma disciplina, como quando olhamos para o nadador americano Michael Phelps, que já ganhou mais de 10 medalhas de ouro e me parece que essa será sua última competição nas Olimpíadas. Ele, com certeza, foi exigido, treinado e precisou se esforçar, mais do que os outros, para ser o campeão mundial.
Os atletas querem subir no topo, querem ganhar a medalha de ouro. O mesmo deve acontecer conosco, que estamos correndo em busca do céu. Quanto mais eu e você queremos o céu, mais precisamos nos disciplinar, pois a vida de oração é um treinamento.
Você já treinou na academia? O primeiro mês é terrível, você quer desistir, porque tudo dói. Da mesma maneira é a nossa vida espiritual, se não buscarmos essa disciplina que o atleta se impõe, não vamos alcançar a vitória.
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É preciso treinar, na vida de oração, os intercessores, os combatentes, os atalaias; e o Treinador, que treina os intercessores, não precisa de aperfeiçoamento, porque Ele já é perfeito, Ele é o Espírito Santo de Deus. Se os nossos treinadores têm recorrido à tecnologia para treinar os atletas, nosso Treinador já é perfeito, nos ensina a lutar contra o inimigo, que quer nos destruir.
O nosso combate, a nossa luta e disputa são espirituais. Nós devemos nos deixar conduzir pelo Espírito, não precisamos de bombas, fuzis nem nenhum tipo de arma ou espada, muito menos de ódio e sentimento de vingança. O Paráclito adestra a nossa alma com a caridade, a fé e a fortaleza, para combatermos um bom combate.
Deus quer iluminar a nossa vida com a Sua Palavra, exortando-nos a estar atento ao treinamento que o Espírito quer realizar em nós. Precisamos compreender que o nosso inimigo não é como numa competição Olímpica, onde, no fim, o vencedor abraça o derrotado e ambos festejam aquele jogo. O nosso inimigo quer nos matar, quer nos destruir; e uma das estratégias dele é arrancar de nós nossa identidade, para nos tornarmos um povo fraco, sem história, sem vontade de lutar. O inimigo nos propõe coisas que são contrárias à nossa mentalidade cristã.
Várias pessoas me pediram para falar do Pokémon Go, mas eu não tenho propriedade para falar sobre isso, porque não conheço o jogo. Mas qualquer jogo, seja de futebol ou vídeo-game não é um pecado, mas, a partir do momento em que ele nos rouba o tempo que poderíamos dar para Deus, ai sim torna-se um problema. Assim como o Whatsapp, Facebook ou qualquer mídia social que nos rouba de uma vida de oração, de estarmos com Deus, é pecado. Padre, o que você vai dizer do Pokémon Go? É pecado? Não. Mas se ele faz de você um viciado e o afasta de Deus, então, meu irmão, você precisa se posicionar, pois está perdendo tempo com tentações.
Eu gosto de assistir a uma série, então, eu me avalio e pergunto: “Quanto tempo gastei assistindo a essa série?”. A partir desse tempo, preciso gastar o mesmo diante de Deus, rezando e o adorando. O inimigo age para tirar a nossa identidade cristã.
A maior arma de um intercessor é a concordância com uma vida de oração. Adorar é prostrar-se diante de Deus e reconhecer o seu nada e o tudo d’Ele. Então, meus queridos, como está sua adoração? Sua vida de oração? É dia de retomada, dia de combater um bom combate.
Temos perdido muitos combates, porque vemos o inimigo avançando, mas não o atacamos, esperamos ele avançar. Precisamos ter sabedoria e lutar contra o inimigo, combatendo-o; não podemos ficar sentados, orando, temos de fechar as brechas e avançar.
Estamos tão egoístas, que intercedemos apenas em nosso favor, não o fazemos pelas pessoas, pelas nações e realidades sociais. É preciso interceder por todos necessitados de oração.
O que não pode faltar em nosso combate é a oração em línguas. Você não pode entrar numa batalha sem orar em línguas. Às vezes, você está orando em línguas e acha que sua mente tem de estar fixa no que você está orando, mas não é assim, a sua mente pode estar longe e seu Espírito orando!
Vamos combater um bom combate e receber a nossa coroa no céu!
Transcrição e adaptação: Fernanda Soares
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