A batalha entre a mulher e o dragão se estende por milênios; nós estamos no meio dessa batalha e não podemos ignorá-la
A passagem do livro do Apocalipse 12,1-17 narra a batalha entre uma mulher e o dragão. Quem é essa mulher e quem é o dragão? Quando essa batalha começou e quando terminou? Em Gênesis 3,13-15, a Bíblia também fala de uma mulher, e se olharmos com atenção na passagem do primeiro livro da Bíblia e na passagem do último livro, ambos falam dessa batalha entre a mulher e a serpente, e Deus profetiza a vitória da mulher.
A primeira mulher é Eva, que se deixou enganar pelo demônio, que confiou mais no demônio do que em Deus, pela sedução da serpente. A mulher do livro do Apocalipse é Maria, que rompeu a desobediência e confiou na Palavra do Senhor.
Quando começou essa luta entre a mulher e o dragão no Apocalipse? O Apocalipse é um livro de visão, que faz referências aos acontecimentos que marcaram a salvação da humanidade. Essa luta começou há 2 mil anos, quando uma Mulher, Maria, não desconfiou de Deus, acreditou n’Ele e se tornou a nova Eva. Ela, ao contrário da primeira, não duvidou de Deus. Se não nos desviarmos de Deus, a serpente não poderá nos enganar. Só a Palavra d’Ele pode nos fazer caminhar na verdade.
Essa batalha nos fala do tempo da Igreja, desde a primeira até a segunda vinda de Jesus; este é o tempo da batalha. Nessa longa guerra, diz o Concílio Vaticano: “Um duro combate contra os poderes das trevas, com efeito, atravessa toda a história humana”. Estamos no meio de uma batalha, mas muitos cristãos a ignoram.
Nessa longa guerra, temos momentos de batalhas mais duras e outras mais suaves. Nos primeiros séculos, no início dessa batalha, os primeiros cristão eram perseguidos, pois era ilegal ser cristão. Hoje, estamos vivendo aquilo que o livro do Apocalipse chama de “A Grande Tribulação”.
No número 675 do Catecismo, lemos que, antes da vinda de Cristo, a Igreja passará por uma prova final, que abalará a fé de muitos, e a humanidade será seduzida pela impostura religiosa. Uma nova realidade que parece trazer Deus, o que é uma mentira, mas muitos irmãos nossos se deixarão enganar. Essa impostura trará uma solução aparente para os nossos problemas e só confundirá quem não conhecer bem a Palavra do Senhor.
Temos pouco tempo, não podemos adiar mais o nosso compromisso com Jesus. Comecemos hoje a nos aproximarmos dele! Está chegando, está começando “A Grande Tribulação”, pois muitas pessoas falam de Jesus, mas se afastam de Sua Palavra. E vejo dois grandes níveis de batalha que são sinais de início dessa batalha.
A perseguição aos cristãos no século XX, em grande parte do mundo, foi a época em que mais cristãos morreram como mártires. No início desse século, agravou-se mais a situação dos cristãos no Oriente. O mais impressionante é que não temos uma notícia sobre isso, porque o “pai da mentira” não quer que saibamos dessa verdade, pois só chegam em nós notícias deformadas, estão nos envenenando com tanta mentira.
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No Ocidente, a batalha é mais cultural, pois vemos que os inimigos de Deus estão em campanha para destruir os valores cristãos, uma campanha sutil para arrancar os valores, a alma cristã. Vemos, no mundo de hoje, crescer um novo paganismo; a humanidade é enganada, vemos a cultura da morte e a ditadura do relativismo. O inimigo de Deus é especialista em sedução, as mentiras do demônio sempre parecem suaves, são muito atrativas, por isso se torna fácil para nós cairmos na mentira dele.
Em 1830, Maria apareceu e mostrou-nos a medalha milagrosa. Ela pediu para que fossem feitas outras iguais. Essa medalha é bem profética, pois tem Maria derramando suas graças e pisando a cabeça da serpente; e do outro lado, Maria com uma coroa de doze estrelas. Uma pequena medalha que nos ajuda a abrir os olhos para enxergarmos o momento que estamos vivendo. Maria está dizendo: estamos começando “A Grande batalha”.
No versículo 4 do começo do Apocalipse contém a declaração de que o demônio é o pai da mentira e seduz os poderosos, quando ele ganha as pessoas e parece que estar vencendo. Mas Maria e Jesus não estão parados, estão atuando e chamando seu exército, composto pelos pequenos, aqueles que o mundo acha que nada podem.
Maria e Jesus precisam de nós, mas temos de ser pequeninos, humildes, instrumentos de Deus nessa grande batalha que estamos vivendo. Se formos verdadeiramente humildes, vamos ganhar a graça de sermos obedientes. O demônio consegue até simular a humildade, mas não consegue simular a obediência.
Assista a oração feita pela irmã Maria Eunice após a pregação:
Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos