Uma geração apaixonada por Deus

O coração apaixonado por Deus quer que outros também se apaixonem

Vitor Leal. Foto: Andréia Britta/cancaonova.com

A Palavra meditada está em Ezequiel 37,1.

O que os ossos secos e ressequidos têm a ver com o coração que ama e está apaixonado? Estar apaixonado nada mais é do que ser tomado fortemente pelo amor. E “geração” tem como significado o fato de gerar e produzir frutos, gerar outras pessoas para serem apaixonadas. Geração de apaixonados são pessoas que geram outros apaixonados.

Muitas vezes, reduzimos essa passagem de Ezequiel ao simples fato de que estávamos mortos, o Espírito Santo veio sobre nós e voltamos à vida. Não é nesse contexto que quero focar, não simplesmente no fato dos mortos que ressuscitam.

Pois, para falar de Ezequiel, preciso falar de um amigo dele, uma pessoa que viveu no mesmo tempo dele: o profeta Jeremias; o profeta do tempo da destruição da terra prometida.

A terra da promessa

Jerusalém foi a terra que Jesus deu ao povo. Lembremos de Moisés, aquele que conseguiu tirar o povo da escravidão do Egito. Esse povo estava estabilizado, pois na nova terra corria leite e mel, era a terra da promessa e da felicidade, do cumprimento da voz de Deus.

No meio desse povo realizado, havia um homem chato que contrariava todas as pessoas, ele dizia: “O fato de vocês não estarem mais apaixonados por Deus, custará caro”. A relação do Livro do profeta Jeremias é entre um Esposo apaixonado, é Deus que ama, que se debruça sobre o Seu povo, e uma esposa infiel e traidora, que não cumpriu aquilo que era parte dela. Então, Deus se debruçava sobre essa cidade, mas do outro lado havia um povo que não O amava mais, era uma geração de não apaixonados.

Nesta história, Israel foi invadida pela Babilônia e ali ocorreu a maior destruição. O povo que tinha sido liberto do Egito, tornou-se novamente escravo.

Quando Ezequiel fala da planície de ossos ressequidos, ele está no contexto de que Jerusalém havia sido levada. O profeta não perde a oportunidade de profetizar, dizendo que eles ocupariam a terra novamente.

Desanimamos de Deus por menos

Desistimos e desanimados de Deus por muito menos, então, precisamos compreender que a atitude daquele povo era justificável. Deus prometeu a eles uma cidade de leite e mel, e tudo havia sido destruído e roubado.

Quantos de nós já perderam muitas coisas, quantos de nós tiveram contato com a derrota. Quantos sofrem por perdas incalculáveis.

As pessoas olham para nós e não enxergam mais brilho, não transmitimos mais nada. Os ossos daquela terra retratam que nós não carregamos sonhos. As decepções roubaram de nós a capacidade de sonhar e planejar.

Uma geração programada à reclamação

Somos ótimos para reclamar, principalmente quando queremos reclamar do outro. O outro sempre atrapalha a nossa vida e os nossos projetos; os nossos sonhos não acontecem por causa de alguém. Somos os detentores da verdade, somos impossíveis de cometer erros.

Estou falando de uma geração programada à reclamação. Esse azedume, essa capacidade de murmuração, de ficar parada no meio da vida, faz com que a nossa paixão por Deus seja minada. Deus vai perdendo espaço na nossa vida, mas Ele não quer se afastar.

O profeta conseguiu colher do coração de Deus a voz que ninguém conseguiu ouvir. Deus levou Ezequiel a caminhar no meio dos ossos secos.

Tornamo-nos pessoas insensíveis ao toque de Deus, por isso, fazemos escolhas tão desgraçadas, porque nos afastamos de Deus, não somos capazes de escutá-Lo.

De que lado estamos? Somos do time de Ezequiel ou do povo que não acreditava em mais nada?

O coração apaixonado por Deus 

O coração apaixonado por Deus quer que outros também se apaixonem.Voltar ao primeiro amor é voltar para Aquele quem nos amou primeiro; é voltar para Deus, é voltar a ter um coração em sintonia com Ele.

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Transcrição e adaptação: Karina Silva

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