Hoje, quero falar de vida, de desígnio de Deus e de vocação. Vocação nada mais é do que a correspondência ao chamado de amor que Deus faz a cada um de nós, na nossa realidade. Queremos nos abrir à vontade de Deus.
Existe alguma hipótese de não ter algo bom na vontade de Deus? Quando a vontade de Deus se realiza em nossa vida, existe a hipótese de não sermos felizes e realizados? Aqueles que correspondem a vontade de Deus constatam que na vontade d’Ele está a nossa felicidade e realização como pessoas. É importante que estejamos abertos e atentos à voz de Deus que se comunica conosco.
Muitas pessoas podem levar pelo lado da imposição, como se Deus se impusesse a nós: “Esse é o plano que tenho para você, então segue ele”. Mas Deus nunca impõe, Ele nos convida. Deus, como Pai amoroso, tem um desígnio, um plano, Ele pensa no melhor para os Seus filhos. Aquele plano de amor que Deus tem para nós, já é gravado no nosso coração. O Pai, antes mesmo que viéssemos a este mundo, criou um plano para cada um de nós, no qual somos livres para escolher. Pensemos no grande plano de amor de Deus para nós.
Deus lança uma semente, uma vocação e, à medida em que cresce, vai desabrochando, tomando forma e gerando frutos. Pois, uma vocação acertada, gera frutos na vida de muitas pessoas.
A Palavra meditada está em I Samuel 3, 1-10.
Samuel trabalhava no templo e estava sob os cuidados de Eli, quando escutou uma voz chamando pelo seu nome. Pela lógica, ele pensou que Eli o chamava. Samuel escutava alguém o chamando, mas não sabia de quem se tratava.
É importante que estejamos abertos e atentos a voz de Deus que se comunica conosco
Samuel era chamado por Deus a ser profeta, esse chamado confirma a eleição dele como profeta. Samuel não teve a capacidade de reconhecer a voz de Deus. Foi Eli seu grande ajudante que, depois de três vezes, percebeu que tratava-se de Deus chamando Samuel.
Muitas vezes, é difícil para nós percebermos que Deus nos chama. Ele fala conosco por meio da Palavra, usa de algumas pessoas, mas se não temos a sensibilidade de perceber que Ele nos fala, não temos a capacidade de reconhecê-Lo.
Não conseguimos corresponder a uma vocação, se não somos próximos de Deus. Porque, é na intimidade com Ele que descobrimos a nossa vocação.
A inquietude está sempre nos pedindo uma resposta. Ela é o sinal concreto de que algo não está bem e precisa de respostas.
Samuel gastou tempo para descobrir que aquela voz era de Deus. Então, é necessário gastar tempo para descobrir qual é a nossa vocação. Antes de tudo, somos chamados a sermos homens e mulheres de oração, pois, a nossa oração com Deus transborda naquilo que vivemos.
Imagine uma obra de arte, uma bem conhecida que você goste. Como, por exemplo, a Monalisa. É uma obra conhecida mundialmente, tenho minhas conclusões sobre ela. Mas quem melhor para descrevê-la? Sem dúvidas, o autor.
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Somos obras de Deus, então, quanto mais próximos d’Ele estivermos, mais claro saberemos quem somos. Precisamos nos aproximar de Deus para interpretar a voz d’Ele. Já nascemos com a nossa vocação, mas para reconhecê-la, precisamos nos aproximar de Deus.
Deus se comunica conosco, Ele nos chama. “Fala, que o teu servo escuta”. Às vezes, não escutamos Deus, não porque Ele não nos fala, e sim porque não estamos dispostos a escutá-Lo e nem a nos ofertarmos. Sejamos generosos com Deus! Assim como Nossa Senhora: não temas em dar um ‘sim’ e gerar muitos frutos.
Como você tem se posicionado diante da voz de Deus que te chama? Vale a pena abrirmos mão de várias coisas para dizermos ‘sim’ a Deus.
Transcrição e adaptação: Karina Silva