O tema deste acampamento é muito claro, mas não é óbvio. Apesar do convite que fazemos ser claro, ele deixou de ser óbvio pela situação atual da sociedade.
Jovem, não tenha medo de ser santo! Esse convite é claro, mas também precisa de explicação, pois, muitas vezes, ficamos ligados à imagem do santo de altar. Aqueles santos representados nas estátuas que, por vezes, são da Idade Média, então, parece que estamos muito longe daquela realidade.
Temos de perder o medo de sermos selecionados, escolhidos e trabalhar duro no processo de santidade
Por isso, podemos associar a ideia de sermos santos com aquela imagem no altar e pensamos que isso não é para nós, que a nossa vida é muito comum, muito previsível. Assim, corremos o risco de não entender a finalidade desse tema, porque ele não é um convite para anjos, e sim para que, nós, ao ouvirmos o convite, não tenhamos medo de ser uma pessoa escolhida, separada e selecionada, que é o significado de ser santo.
Então, se entendermos que o processo da nossa vida será uma constante seleção, um constante processo de escolha e separação, se entendermos que em tudo aquilo que fizermos, passaremos por este processo, desse modo, estaremos vivendo o processo de santidade.
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Quando é feito o convite para que não tenhamos medo de sermos santos, estamos sendo chamados a não termos medo de sermos escolhidos, de ser selecionado e ser separado.
A vida é um processo de santidade
Entendido isso podemos perceber várias situações da nossa vida que somos obrigados a viver esse processo. É como quando se faz um vestibular para faculdade e existem muitos mais candidatos do que vagas. Nessa situação, somos chamados a entregar mais esforço, para sermos selecionados, pois, se não fizermos isso, não conseguiremos a vaga.
Então, quando somos chamados a sermos santos, estamos sendo chamados a sermos protagonistas, de ser aquele que faz algo a mais para merecermos tal escolha. Não podemos ter medo de sermos escolhidos, porque se ficarmos amedrontados com a realidade, nada seremos. Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos.
Para vivermos esse processo sem medo, São Paulo vem nos falar sobre três áreas da nossa vida: a pureza, a caridade e o trabalho. São essas 3 dimensões que precisamos entender.
Em I Tessalonicenses 4,1-1, Paulo nos diz:
|”No mais, irmãos, aprendestes de nós a maneira como deveis proceder para agradar a Deus – e já o fazeis. Rogamo-vos, pois, e vos exortamos no Senhor Jesus a que progridais sempre mais. Pois conheceis que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus. Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a Deus; e que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude a seu irmão, porque o Senhor faz justiça de todas estas coisas, como já antes vo-lo temos dito e asseverado. Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade. Por conseguinte, desprezar estes preceitos é desprezar não a um homem, mas a Deus, que nos deu o seu Espírito Santo. A respeito da caridade fraterna, não temos necessidade de vos escrever, porquanto vós mesmos aprendestes de Deus a vos amar uns aos outros. E é o que estais praticando para com todos os irmãos em toda a Macedônia. Mas ainda vos rogamos, irmãos, que vos aperfeiçoeis mais e mais. Procurai viver com serenidade, ocupando-vos das vossas próprias coisas e trabalhando com vossas mãos, como vo-lo temos recomendado. É assim que vivereis honrosamente em presença dos de fora e não sereis pesados a ninguém.”
Tessalonicenses é o escrito mais antigo do Novo Testamento. Tessalônica foi uma cidade fundada 805 anos antes de Cristo. Essa cidade era muito organizada e visitada por todos os países vizinhos; era uma cidade muito importante. E, no primeiro escrito àquela comunidade, Paulo foca na pureza, no amor entre os irmãos e no trabalho. São as 3 coisas que fazem de nós santos.
Hoje, o mundo quer acabar com a pureza, quer que nos tornemos promíscuos, fazendo com que nós deixemos os outros fazer o que quiserem com o nosso corpo. Nós precisamos ter a coragem de romper com as coisas que estão tirando a nossa pureza. Precisamos ter a decisão de mudar e criar nojo do pecado.
Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos.