O tema da pregação é: “A santidade no matrimônio”. Precisaria de uma semana para discorrer sobre esse assunto, porém, falarei sobre alguns pontos.
Somos família de Deus, pois tivemos uma origem chamada matrimônio; e temos um caminho para trilhar pelo sacramento do matrimônio, essa é a nossa missão.
Não importa o ponto que chegamos, 10, 20, 30 anos de casados, mas precisamos continuar esse caminho, não podemos parar no ponto que chegamos.
A Palavra meditada está em I Coríntios 6,19:
“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.”
O contexto acima é o mesmo de I Tessalonicenses 4,3-7:
“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a Deus; e que ninguém, nesta matéria, oprima nem defraude a seu irmão, porque o Senhor faz justiça de todas estas coisas, como já antes vo-lo temos dito e asseverado. Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.”
A Palavra que está tanto em I Coríntios como em I Tessalonicenses tem o contexto parecido, porque fala de um caminho que nos leva e nos eleva para a santidade. Essa Palavra nos dá a certeza de que a via da santidade do matrimônio passa pelo corpo do homem e da mulher.
Temos uma dificuldade de apresentar o nosso corpo com santidade. O casamento, depois de celebrado na Igreja, ele é consumado na noite de núpcias, ou seja, no ato conjugal.
Viver a pureza do matrimônio
Precisamos viver o amor para que, depois de um tempo, ele possa ser celebrado. Precisamos viver a pureza desse amor. É preciso entender que, enquanto casais, existe um caminho para santificar um ao outro.
Precisamos apresentar honestamente e santamente o nosso corpo a Deus. Para isso, duas virtudes são necessárias: a humildade e a castidade.
Esse caminho que fazemos de dar glórias a Deus com o corpo, é com o corpo inteiro, e não somente no sexo. Neste mundo hedonista, há uma preocupação com o corpo, mas isso um dia passará. E como vamos dar glórias a Deus, se tudo que está no corpo é falso?
Leia mais:
.:O Sacramento do Matrimônio
.:Matrimônio, o sacramento da criação
.:Quatro verdades fundamentais do matrimônio
A importância de cuidar do corpo
Deus quer que nos arrumemos, que fiquemos bonitos, que cuidemos do nosso corpo. Precisamos cuidar do nosso corpo, principalmente para os esposos e esposas.
A realidade do dia a dia de um casal é difícil, às vezes, quando chegamos em casa, só queremos descansar, mas a mulher vai falando e a cabeça vai inchando. Escondemo-nos quando temos dificuldades, no entanto, quando elevamos os nossos corpos, não há cansaço.
A castidade cura as famílias
Castidade não é prisão, não é algo que tira a masculinidade do homem. A castidade é como se fosse um reservatório e, quando esse reservatório é aberto, é todo para o parceiro. Castidade é a única força capaz de curar as famílias estragadas no mundo.
Falta intimidade nos casamentos, falta olhar para o rosto da pessoa e perceber que ela está sofrendo. Por isso a importância da construção da castidade, porque podemos conhecer o outro de dentro para fora.
O caminho de santidade no matrimônio passa pela oração e pela reflexão. A vida de santidade no matrimônio nos traz a alegria. A santidade vivida no matrimônio não salva somente uma pessoa, ela pode salvar o mundo todo.
A santidade do sacramento do matrimônio passa pelo nosso corpo, e o sacramento nos leva para a ressurreição.
Transcrição e adaptação: Karina Silva.