É uma alegria falar da Virgem Maria, que passa à nossa frente, cuida de nós e esmaga a cabeça da serpente.
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3,15)
Nossa Senhora resgatou a mulher, e as mulheres devem sentir muita alegria com Nossa Senhora. Por quê? O demônio fez o pecado entrar na humanidade, na última criatura que Deus criou. Eu diria a mais bela, que foi a mulher. Deus criou, primeiro, o reino mineral, depois o vegetal, o animal, o homem, os anjos e, depois, a mulher. Na ordem da criação, há um nível de perfeição que vai subindo, muito mais delicada que o homem. Ela foi feita para gerar a vida. E o demônio, na sua maldade, foi tentar a mulher. Por que não foi tentar Adão? Deus me deu uma luz uma vez, e eu acho que o demônio pensou assim: eu deixo para a mulher dobrar Adão, e eu vou dobrar a mulher. Isso mostra a influência que a mulher tem sobre o homem.
Eva levou a maçã (símbolo do pecado) para Adão, e Adão sabia que não podia desobedecer a Deus, pois morreriam, perderiam a imortalidade. Eva, no entanto, foi orgulhosa, soberba, e o demônio mentiu para ela. Ninguém pode ser como Deus, Ele é um só, mas a soberba subiu na cabeça de ambos, desobedeceram a Deus e lançaram toda a humanidade no cativeiro do demônio, que custou o Sangue de Jesus para nos libertar. A cruz é a chave que abre a mão do demônio para nos libertar para o Reino de Deus.
Deus age pela verdade, pela justiça e pelo direito. Ele não violou aquilo que satanás fez com violência. Deus foi nos reconquistar no mesmo terreno em que o diabo venceu o homem e a mulher. Deus foi vencer o demônio, mas precisou de uma nova Eva. A primeira Eva foi orgulhosa, soberba. A nova Eva, Maria, é o ícone da humildade, da obediência, diferente da primeira Eva.
Por que Deus escolheu Maria entre todas as mulheres?
Santo Irineu de Leão disse que Maria, com a sua humildade e obediência, desatou o nó que Eva havia dado em nós todos, o nó da desobediência, da soberba.
Por que Deus escolheu Maria entre todas as mulheres? No Magnificat, Maria mesmo canta: “Ele olhou para a humildade da Sua serva”. Esse foi o encanto de Deus para com Maria, a pequenez de Sua serva. Desde aquele dia até hoje, não há local que não glorifique o nome de Maria. Ele concedeu a Maria a graça, o poder, a missão de esmagar a cabeça de satanás.
Hoje, vemos tanta coisa que o demônio tem feito para a humanidade, ele que é o pai da mentira, aquele que vem para roubar, matar e destruir, diz Jesus. Mas graças a Deus nós temos a proteção de Maria. Consagremo-nos, todos os dias, a Nossa Senhora.
A Igreja coloca, pelo menos, quatro dogmas, quatro verdades básicas que nenhum católico pode deixar de acreditar.
O primeiro é a maternidade divina. Maria é Mãe de Deus. Segundo, ela é Imaculada. Para ser Mãe de Deus, é claro, não pode ter tido o pecado original. O terceiro dogma: ela é virgem perpétua, ou seja, nunca deixou de ser virgem. O quarto dogma: ela foi assunta ao céu de corpo e de alma.
Há outras coisas que não são dogmáticas, mas que os santos colocaram como verdade absoluta. Por exemplo: Maria, medianeira de todas as graças, Maria, Mãe da Igreja.
Maria, Mãe de Deus
Esse é o primeiro e grande dogma, todos os outros estão em função dessa. É algo tão grande, que nossos irmãos protestantes não acreditam como uma mulher pode ser mãe de Jesus, que é divino. A Igreja, no entanto, diz que ela é a Mãe. Maria deu a Jesus a natureza humana, portanto, ela é Mãe de Deus.
Imaculada
Imaculada, sem mácula. Todos nascemos com a marca do pecado original, e foi preciso o sangue de Jesus para renascermos para Deus. Nós fomos curados pelo batismo, pela morte de Cristo. Maria não precisou, pois ela foi salva por Deus do pecado original. Pelos méritos da morte de seu Filho na cruz, ela foi protegida do pecado. Mas como que, antes de seu Filho nascer, ela já tinha sido perdoada? Para Deus não há tempo. Tudo é presente. No plano d’Ele a morte de Jesus já era presente.
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Virgindade perpétua
Como uma mulher engravida e continua virgem? Isso é dogma de fé. Papa João Paulo II dizia: “Não tentem entender pela medicina, pela biologia como foi o parto de Jesus, porque foi um milagre, e milagre a ciência não entende”. Ela deu à luz e continuou virgem. A virgindade perpétua de Maria é o cumprimento do sinal profetizado por Isaías: ‘Uma virgem conceberá e dará à luz um filho’. Deus quis deixar um sinal.
Santo Agostinho dizia: “Para Aquele que é extraordinário, todas as coisas são excepcionais”. Tudo de Jesus é diferente de nós, porque Ele é homem, mas também é Deus. São Cirilo de Alexandria, doutor da Igreja, dizia que “se a luz pode atravessar de um lado para o outro sem quebrar o vidro, por que o Verbo não pode entrar e sair do ventre da mãe sem rasgar as paredes?”. Deus preservou a virgindade de Maria.
Assunção ao Céu
O corpo de Maria, sem pecado, que gerou Deus, esse corpo não podia corromper na terra. Nosso corpo foi ferido pelo pecado original, mas o de Maria não. Deus a ressuscitou, levou-a para o Céu e a coroou Rainha do Céu, da Terra e dos infernos. Ela manda em tudo abaixo de Deus. Isso é teológico.
Consagre-se, todos os dias, à Virgem Maria, pois tem o poder de o salvar.
“Rogai por nós que recorremos a vós!”
Transcrição e adaptação: Rebeca Astuti.