Nesta quinta-feira, fomos convidados pela Igreja a nos unirmos em oração pelo fim da pandemia. Neste tempo, nós nos unimos a Nossa Senhora para que ela nos conduza.
Convido você a pegar a Palavra em Gênesis 3, 14-15:
“Então, o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e feras do campo; andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua vida. Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”
Palavras do Senhor! Graças a Deus!
Nós somos Canção Nova, casa de Maria, somos casa e descendência de Maria; e na Canção Nova ela é Mãe e Mestra, é ela quem conduz todas as coisas, é a educadora da Canção Nova.
O tratado da verdadeira devoção a Virgem Maria, de São Luís Maria de Grignion de Montfort, é uma obra de eficiência extraordinária para difusão da verdadeira devoção a Virgem Santíssima. São João Paulo II tinha-o como livro de cabeceira. Nesse tratado de devoção, São Luís nos mostra sete tipos de falsa devoção, e o objetivo de meditarmos e entendermos as falsas devoções a Nossa Senhora é revermos, em nossa vida, onde estamos agindo de modo falso em nossa devoção, descobrir como podemos melhorar nossa devoção com Nossa Senhora.
O primeiro tipo de falsos devotos são os críticos, os julgadores, aqueles que criticam os devotos mais simples. Exemplo: criticam as senhorinhas que entram nas capelas e fazem oração frente a Nossa Senhora. As devoções simples são atacadas por esses devotos críticos e julgadores. Como tem sido nossa postura diante dessas situações? Que possamos nos rever!
O Segundo tipo são os escrupulosos: São aqueles que receiam desonrar o filho, Jesus, não honrando a Mãe. Aqueles que não conseguem amar Maria, não conseguem rezar o terço, acreditam que estão ferindo Jesus. Maria, no entanto, é aquela que está aos pés de Jesus, e não há como chegar em Maria sem chegar em Jesus.
O terceiro tipo são os exteriores: São aqueles que se preocupam muito com as práticas exteriores, rezar muitos terços, porém, de forma rápida. Nossa cofundadora Luzia Santiago nos diz que, quando estamos rezando e nos vêm pensamentos, imaginações, faz-se necessário pararmos e entregarmos tudo a Virgem Maria, para que se transforme em oração.
Os devotos exteriores fazem muito, de forma rápida, para mostrar que fazem. Eles amam o que há de sensível na devoção, e não a parte sólida; preocupam-se nos sentimentos, no fervor. A devoção é uma atitude interior, muitas vezes, dada em uma austeridade.
O quarto tipo são os presunçosos: são os amantes do mundo e de suas paixões desordenadas, que escondem, atrás da devoção a Nossa Senhora, seus pecados e seus maus hábitos sem nunca se violentarem para se corrigirem. Ou seja, pecam no escondido e rezam na frente dos outros para mostrar que sabem rezar.
São Luís diz: “Não há, no Cristianismo, coisa tão condenável como a presunção. Está na Igreja, mas seu coração está no mundo. Está com a Virgem, porém suas aspirações estão no mundo.
O quinto tipo são os inconstantes: são os que fazem muitas orações, porém, poucas com amor. Ora fazem com muito fervor, ora abandonam. São os que se acumulam de orações e deixam de lado as obrigações. O que vale, no fim das nossas ações, é o amor com que a fazemos. O que pode vencer a nossa inconstância é o nosso amor por nossa Senhora.
São Luís compara os devotos inconstantes com a Lua. Vale mais não se sobrecarregar de tantas orações e práticas de devoção e fazer poucas coisas com amor e fidelidade a despeito do mundo, do demônio e da carne. Duas pilastras do constante, o amor e a fidelidade.
O Sexto são os hipócritas: são aqueles que se vestem de devotos de Nossa Senhora, mas, na verdade, não o são. Muitas vezes, fazem as coisas somente por aparência.
Um exemplo são as mídias sociais, nós que utilizamos dos meios para a evangelização. É uma linha muito tênue: evangelizamos por amor a Jesus ou para ganhar curtidas, seguidores?
São Luís diz o seguinte: “Que cuidemos de não pertencer a este número, que se metem em confrarias e ostentam as insígnias da Santíssima Virgem a fim de passar por bons”. Ai de nós se quisermos seguidores por sermos bons, para nós mesmos.
O Sétimo são os interesseiros: só recorrem a Nossa Senhora para ganhar uma causa, um processo. Se não tivessem essa necessidade, esquecem-na. Pensemos no que aprendemos neste livro: “Quem lê este livro e faz a consagração a Nossa Senhora por este método faz com ela o seguinte compromisso: a partir de agora, todas as ações, todas as práticas, penitências, jejuns, tudo o que fizer, a Senhora pode usar como quiser, onde quiser, para quem quiser.
Nesta prática, dou a Nossa Senhora a autoridade sobre todas as minhas ações, dou os méritos do Santo Terço, de toda boa ação, sacrifício; dou a ela o direito, e este não me pertence mais. Isso é desinteresse, isto é, eu rezo porque confio em Nossa Senhora, e ela fará bom uso da minha oração, para onde ela quiser, como ela quiser.
Que nós não sejamos filhos interesseiros, que apenas vivem de petições, mas que não nos esqueçamos dela na intimidade, na filiação, no amor para com a Virgem Maria. Que, neste dia, a Virgem nos dê a graça, para que não sejamos devotos interesseiros, mas que a busquemos por amor.
“Nós temos em nós os pecados, alguns graves, outros veniais; além disso, o pecado original, quando nós fazemos um pedido a Jesus, este pedido sobe a Jesus manchado pelo pecado atual e pelo pecado original. Quando fazemos um pedido a Jesus, e o entregamos primeiro a Virgem Maria, ela o limpa, dá brilho, santifica, lustra, deixa imaculado, porque ela não tem pecado original. E aí ela entrega a Jesus.
O que você acha? Qual oração vai ter mais força diante de Jesus? Com certeza, a oração que passa pela Virgem Maria!
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Transcrição e Adaptação: Amanda Carol