Deus falava uma coisa e o povo entendia outra, mas aqueles que estavam à frente do povo rezavam muito. Aprendemos há poucos dias sobre Noé que estava construindo a Arca, enquanto todos diziam: "Vocês estão sendo bobos em construir esta arca".
E nos tempos de hoje, há pessoas que também estão construindo a "arca", querendo colocar nela pessoas e não os animais.
Conhecemos vários "noés", a começar pelo padre Jonas, padre Léo, o Papa João Paulo II, gritando, chamando o povo para era esta grande "arca". E eles são muito criticados. Vocês são um sinal de que os gritos destes profetas não estão sendo em vão. Você é a resposta para aqueles que criticam, que não acreditam.
A gente vai vendo hoje que jovens seguem caminhos que eles nem imaginavam ir. E hoje, diante de tantos pais que chegam até nós, os padres, e perguntam o que fazer diante de tantos problemas, a nossa resposta é: "rezem e não aceitem, denunciem".
Eu preciso denunciar aquilo que está desvirtuado, que está fora daquilo que Deus tem reservado para cada um.
Qual é a missão de nós, cristãos? Denunciar tudo aquilo que está ao contrário daquilo que Deus quer e deseja de nós.
E se hoje tem algo dentro da nossa casa, que podemos mudar, não podemos nos calar. É necessário rezar e esperar em Deus até as últimas conseqüências; rezando e pedindo a Deus pelas nossas famílias e não desistir, pois o mundo não desiste de destruir as nossas famílias.
Nesta Quaresma, não vamos pensar que os nossos sacrifícios e penitências sejam para a nossa salvação, mas são atitudes de ver aqueles pecados do passado e que nos atingem até hoje.
A penitência vai nos ajudar a dominar um pouquinho mais o nosso corpo e também o nosso espírito, pois muitas vezes o nosso corpo não quer nos deixar nem mesmo rezar.
Se Jesus, por quarenta dias foi tentado, quanto mais nós. É por isso que Ele nos alertava: "vigiai a todo momento". Estes quarenta dias de Jesus é um grande exemplo de como vigiar.
Sozinhos não é possível, mas pela força do Espírito Santo o Senhor nos mostra que é possível sim vencermos as tentações desta vida e viver o cristianismo com toda a força da nossa alma.
Transcrição: Célia Grego
Foto: Maurício Rebouças