O verdadeiro discipulado brota da experiência com senhorio de Jesus, e é isso que o Evangelho retrata com toda clareza.
É preciso que fique evidente aos nossos corações, que tudo que se faz em ‘Bethânia’ parte dessa centralidade de Jesus em nossa vida. Dessa experiência de Jesus em nossa vida, porque é só Ele que cura, liberta e resgata. É Ele que revela o homem, ao próprio homem. Você não vai se encontrar como pessoa se não olhar pra Jesus e assumir na sua vida aquilo que é de Jesus. O apóstolo de Jesus faz essa experiência. Pedro e Paulo o fizeram.
O Evangelho me reporta à minha meninice. Lembro quando o saudoso Papa João Paulo II veio ao Brasil. Eu queria muito vê-lo. Como não fui, o assisti pela TV.
E foi a primeira vez que a força da missão de um Papa caiu em meu coração. Lembro-me que fiquei atento ao que ele dizia.
Quem é Jesus para você?
A resposta a essa pergunta, condiciona o seu ser apóstolo, o seu ser discípulo e missionário, porque se trata de uma experiência.
O Papa Bento XVI instituindo o ano paulino ele nos diz que a experiência de Paulo precisa iluminar a nossa experiência de cristãos para nos fazer cada vez mais discípulos de Jesus. A nossa fé é apostólica.
São Pedro e São Paulo são forças apostólicas.
A Igreja deseja sinalizar ao mundo, aquilo que é próprio de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja é, antes de tudo, sinal e canal do Evangelho de Jesus.
A primeira grande denúncia que Ratzinger fez, ainda no velório do Papa Joao Paulo II, foi sobre o relativismo.
Essa semana foi inaugurada em algumas escolas públicas as primeiras máquinas de camisinhas. Uma máquina dessas está ensinando o quê? E não me venha dizer que colocar isso em uma escola é educação sexual. O que vai significar essa máquina diante da educação dos seus filhos? Que valores?
A missão da Igreja é apontar a verdade, que não brota de qualquer jeito ou em qualquer lugar. Tem sua raiz na missão de Jesus Cristo e no legado deixado pelos apóstolos.
Hoje é uma máquina, amanhã vai ser o quê? Um quarto escuro no canto da escola?
Por que não se desce às raízes dos problemas? É preciso tomar consciência disso!
Quando eu era criança, tinha um tio que gostava de ‘brincar’ de uma forma muito ‘alegre e divertida’. Ele fervia um latão com água, pegava um sapo e jogava lá. Minha avó ficava indignada e proibiu a brincadeira. Mas meu tio inventou um outro jeito. Ele pegava o sapo, colocava dentro de um latão com água fria e depois ligava o fogo. A água esquentava aos poucos. Quando o sapo se dava conta, já estava cozido.
Na água quente ele pulava, na água fria que ia esquentando, ele nem reagia. Isso é um fenômeno que se chama pecilotermia.
Resumindo. Cuidado! Porque hoje em dia, existe na nossa sociedade a tendência a uma ‘pecilotermia’etico-moral e religiosa. Estamos sendo cozidos aos poucos… sem tomar consciência. E quando menos percebermos, já estaremos ‘cozidos’ pelas realidades porque não nos damos conta do que está acontecendo.
Convido você a tomar a decisão de fazer uma experiência profunda com Jesus, responder com a vida à pergunta ‘Quem é Jesus para mim’, e ter valores claros para a sua vida, sua família, sua casa.
Que Pedro e Paulo nos ajude nessa meta!
Transcrição: Nara Bessa