Deus criou o ser humano, homem e mulher para que pudéssemos participar da beleza de Sua santidade, portanto participar de sua vida e glória. Santo Irineu dizia que a glória de Deus era vida.
Salvação é comunhão, é plena participação na vida de Deus; e isso é uma iniciativa divina, mas infelizmente pelo pecado, houve um afastamento da própria vida que é Deus, um rompimento. A humanidade foi reduzida a servidão do pecado, já não querendo mais beber da fonte da vida que é o próprio Deus. Mas Deus não desiste dos seus, é um Deus que insiste, deseja, tem sede daqueles que Ele mesmo criou.
Jesus Cristo é a plenitude da salvação, da comunhão, é Ele quem veio nos resgatar, é n’Ele que encontramos o verdadeiro resgate para bebermos dessa vida em abundância.
“Manifestou-se, com efeito, a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. Veio para nos ensinar a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade, na expectativa da nossa esperança feliz, a aparição gloriosa de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniqüidade, nos purificar e nos constituir seu povo de predileção, zeloso na prática do bem. Eis o que deves ensinar, pregar e defender com toda a autoridade. E que ninguém te menospreze!” (Tito 2, 11-15).
Nessa passagem encontramos o centro dessa Carta, onde nós nos deparamos com os fundamentos da prática cristã. Ele fala da beleza de Deus em manifestar a Sua salvação, ainda nos relembra da redenção em Cristo, a força que nos conduz a fonte da vida; essa graça é conferida pelo sacramento do batismo.
O Senhor quer um povo que lhe pertença, e nós precisamos nos apropriar dessa rica maravilha que é manifestada em Cristo Jesus. Por nós mesmos seríamos incapazes voltar à fonte da vida, mas Jesus veio lançar para fora o príncipe deste mundo, para se apropriar de nós.
Cristo morto e ressuscitado veio quebrar o poder do maligno e fazer de nós pessoas livres. Somos homens novos recriados por Deus Pai em seu Filho Jesus Cristo para vivermos nossa vocação.
“Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)” (Gálatas 5,13-14).
A liberdade que você é chamado a viver se dá em único mandamento: “amarás o teu próximo como a Ti mesmo”; essa é a nossa liberdade.
Jesus nos trouxe a liberdade de viver a vida em Deus, portanto a liberdade a qual somos chamados pela fé em Cristo, é um dinamismo interior, somos homens chamados a viver a prática da caridade numa perfeição em Cristo Jesus. Só é autenticamente livre aquele que em sua vida se dá por inteiro. E é para isso que somos chamados, numa adesão ao Cristo sendo conduzidos pelo Espírito de Deus.
Não há como falar de liberdade sem ação do Espírito Santo, somente pela intervenção do Espírito Santo é que a liberdade se torna eficaz em nossa vida cristã.
“Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5,22-23).
A alegria cristã é um ponto de referência para uma autêntica vivência cristã, e nosso ponto de referência é Jesus morto e ressuscitado. Viver na condução do Espírito Santo é estar inserido na vida de Cristo. A meta final da alegria é a luz da páscoa. O Senhor nos exorta a vivermos uma profunda alegria, a autêntica alegria do Evangelho de sermos livres para amar, e o ponto de referência é Jesus Cristo, crucificado, morto e ressuscitado, e é para isso que estamos aqui, porque queremos aderir essa verdade que nos liberta, e essa verdade é o Cristo que é o revelador.
O que é pertencer ao Cristo? É se apropriar da salvação. Ele já nos salvou, aquilo que nos impedia de amar, de sermos felizes, Ele já pagou o preço. Eu preciso pertencer ao Cristo, aderir essa verdade revelada, e é a partir dessa acolhida que eu posso viver a alegria cristã que é para nós libertação.
Somente em Deus há a verdadeira realização humana, como diz o Salmo: “sem Deus não há felicidade”. Na minha humanidade eu preciso ir ao encontro d’Aquele que me salva e resgata.
Foi isso que me atraiu a vocação “Salvista”. É a alegria do louvor de Deus que me leva a uma conformidade com o Cristo, e é onde experimentamos o Deus que salva. É característica do “Salvista” que na alegria acolhe, alegria de pertencer Aquele que nos salvou. É isso que me atraiu.
Muitos já perderam a esperança de caminhar com Cristo, mas hoje Ele veio lhe devolver o sentido de pertencer a Ele.
Transcrição: Willieny Isaias
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