Para esta pergunta só há uma resposta e ela vem da graça de Deus. O dom da fé nos permite responder assim como Pedro: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". Isto é mais do que uma simples resposta, é um ato de fé.
Ele poderia dizer que Jesus era apenas o Mestre ou um Profeta, mas ele vai mais longe e apresenta o Senhor como Filho de Deus, nosso Salvador.
Ninguém pode dar uma resposta adequada, a não ser que esteja movido pelo Espírito de Deus, pois é justamente Ele que nos abre para o conhecimento e a experiência profunda do mistério do Senhor.
Pensando em proporcionar a todos os cristãos a oportunidade desta experiência, o Papa Bento XVI decretou o 'Ano da Fé', o qual tem início em outubro deste ano. O sucessor de Pedro continua reconhecendo a face de Jesus até os dias de hoje e lutando para que a Igreja de Cristo continue cada dia mais viva.
Jesus realizou a Sua obra messiânica, a qual teve seu ápice na Morte de cruz e a Sua gloriosa Ressurreição. Por isso, a confissão da fé de Pedro, dos apóstolos e da Igreja deve ser atual para sempre crermos que Jesus é o Messias, Filho do Deus vivo.
Esta fé nos leva à comunhão com Cristo, crendo que fomos salvos por Sua Páscoa de Morte e Ressurreição, pois todo o conteúdo da fé da Igreja está inserida na morte e ressurreição de Nosso Senhor.
Muitos desejam seguir Jesus, porém não o Cristo Pascal, mas sim aquele que pregava, curava os doentes, ensinava nas sinagogas e tinha com Ele todo o conhecimento que o Pai revelou.
Nós precisamos ser discípulos de Jesus, seguindo-O com clareza, compreendendo que nossa comunhão com Ele nos leva, também, para este mistério pascal.
No sacramento do batismo, somos mergulhados na Morte de Jesus Cristo. Por isso, a presença da água, que simboliza o sepulcro onde somos mergulhados e, posteriormente, retirados como homens novos, nascidos em Cristo.
Tornarmo-nos participantes de todo o mistério pascal de Cristo quando comungamos o Seu Corpo e Sangue presente na Sagrada Eucaristia. Em virtude disso, não podemos querer a comunhão com Cristo e escolher qual parte deste mistério nos é mais agradável.
Essa é uma reação natural, assim como foi a reação de Pedro quando Jesus lhe contou que seria preso, torturado e morto. Em um ato de amor, porém cego, ele quis livrar o Filho de Deus do Seu destino.
Nesta época, Pedro ainda vacilava na fé, pois ela ainda não estava amadurecida e edificada. Será que hoje não somos assim? Deixando que nosso humano sobressaia sobre o que vem do Espírito?
Devemos pedir a Deus, no dia de hoje, uma fé fundamentada no Seu mistério, capaz de reconhecer as maravilhas e também acolher e lutar contra as dificuldades. Não há céu sem sacrifício, e ele já foi reservado para nós, só é preciso que perseveremos em nossa fé.