A dignidade e a vida do ser humano é infinitamente superior a qualquer coisa que este mundo pode oferecer. Por esse motivo eu confesso que fico assustado quando vejo os noticiários e me deparo com mortes tão banais e injustiças absurdas.
No dia de hoje, a Igreja celebra, de forma facultativa, a memória do nome de Jesus, que significa: Deus salva. Este dia serve para nos lembrar que esse nome tem poder de restauração e renovação, pois ele é capaz de trazer o homem novo à tona.
Trazer o homem novo para fora nada mais é do que provar da verdadeira dignidade de filho de Deus. Por isso Jesus veio, pois a sua missão era revelar o homem ao próprio homem.
O pecado desumaniza e rouba tudo que é plano original de Deus para nós. Por esse motivo Jesus não pecou quando esteve entre nós, pois, além de ser o próprio Deus encarnado, Ele também queria mostrar que o homem seria capaz de romper com qualquer tentação desse mundo.
Nesse ano da fé, onde a Igreja nos pede uma reconciliação não só com a nossa fé, mas também com o próprio coração de Cristo, precisamos buscar o Sacramento da reconciliação mais ardentemente.
No Evangelho de hoje, São João apresenta a todos aquele que é o Cordeiro de Deus, Aquele que salva. Talvez hoje na sua casa tenha alguém esperando que você apresente o Cordeiro de Deus, mas você já desistiu dessa pessoa.
A experiência com Deus é única, mas você pode ser o canal da graça na vida de quem precisa se sentir o filho amado. Você pode fazer a diferença na vida de alguém que já não vê salvação em sua própria vida.
Talvez você já tenha vivido a experiência de não se sentir amado ou não sentir a presença do Pai, e naquela época você teve alguém que foi voz de Deus no seu deserto. Sendo assim, nada mais justo do que retribuir este gesto de compaixão e caridade.
O primeiro chamado que todo cristão recebe é o de apontar o Cristo para os irmãos que se sentem perdidos na caminhada.
Em Bethânia, a comunidade fundada pelo saudoso padre Léo, temos muitos filhos que chegam completamente desfigurados pelas drogas, desejando sentir o amor de que tanto ouviram falar.
A vontade do Pai, mais do que dar amor, é de dar vida nova para filhos perdidos. É impressionante ver a revolução que Deus é capaz de fazer na vida de um homem quando ele se coloca como dependente do Senhor.
Quando isso acontece, mais do que se restaurar o desejo de salvar almas se torna imenso. É neste momento que somos capazes de responder o amor de Deus com o nosso amor, mesmo que não se compare em intensidade, dimensão ou proporção.
Retribuir o amor de Deus é aceitar o convite de ser apóstolo nos tempos de hoje, apontando para toda a humanidade o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo. Basta acreditarmos que Ele é capaz de fazer maravilhas em nossas vidas e assim seremos capazes de experimentar o novo que Ele tem reservado para nós.