Quando eu tinha 11 anos, passei o dia todo colada na TV esperando anunciarem do Vaticano o novo Papa: João Paulo II. Foi uma emoção, para mim, quando chamaram o Cardeal Carol Wojtylla, que, com seu sorriso bonito, jovial, nos disse: "Não tenham medo!"
Outra cena dele, que me marcou, foi na sua segunda visita ao Brasil em 1991, quando disse: “O Brasil precisa de santos!”. Foi a primeira vez que eu ouvi alguém dizer, com tanta ousadia e autoridade, que nós, meros mortais, brasileiros, podíamos desejar a santidade, ser santos. Para você ter uma idéia, João Paulo II beatificou 1.400 beatos, declarou 482 santos, mostrando aos cristãos que a santidade é possível para todos.
Era incrível: um Papa acreditava em nós jovens e fazia com que acreditássemos também. Ele dizia sempre que a humanidade precisava do testemunho de jovens livres e valentes que se atrevessem a caminhar contra a corrente e a proclamar com força e entusiasmo a própria fé em Deus, Senhor e Salvador.
Mas ele tinha tudo para ter desistido ainda na infância. Com apenas oito anos perdeu a mãe. Foi a figura do pai que lhe deu forças para continuar. Na adolescência, João Paulo viu seus amigos presos e as famílias deles serem mortas nos campos de concentração. Ele acreditava que precisava permanecer vivo porque, quando os nazistas fossem embora, a Polônia iria precisar de jovens que a guerra e o ódio não conseguiram destruir. Jovens que não esquecessem sua história e sua fé para reconstruir o país.
Quando tinha vinte e poucos anos seu pai também morre – ele que fora o seu maior impulso para viver. Estava sozinho no mundo, seu país arruinado, seus amigos presos, mortos ou trabalhando como escravos. O que você faria em tal situação? Você consegue imaginar estar pior que isso?
Ele tinha tudo para odiar, para escolher a morte. Mas ele tinha só aprendido a amar, a resposta que seu sofrimento deu ao mundo foi esta: “Ainda tenho um coração para amar. O mal se destrói por si mesmo, mas existe um Deus bom que nada pode destruir”.
João Paulo, por muitas vezes, correu perigo de morte, mas, por muitas vezes, Deus o livrou. Por muitas vezes, teve motivos para ficar desesperado, mas nunca perdeu a esperança. Assim como, por muitas vezes, teve motivos para odiar, mas escolheu amar.
De onde ele tirou essa força? A resposta está em sua fé em Deus; foi ela quem o sustentou quando sua família não estava mais por perto para lhe garantir segurança e felicidade.
Agora, irmão, eu o convido para viver como João Paulo II. O mundo está destruído ao seu redor? Os seus problemas parecem sem solução? Acredite no mundo. Tenha esperança, mesmo que não lhe sobre mais nada! Se você tem fé, tem tudo. Olhe para a sua própria vida, faça uma análise de como você tem encarado seus problemas. Tem virado as costas e ficado triste pelos cantos ou está fazendo como nosso saudoso Papa e acreditando que com Deus tudo pode ser mudado?
Pense na história de João Paulo II. Imagine um país em guerra, as pessoas que você ama morrendo. Ele teve força. Tenha força você também. Com Deus tudo é possível!
Encontre flores no meio de tantas pedras e espinhos! Mesmo que você tenha de cavoucar sobre as pedras e ferir as mãos para encontrar essas sementes. Mesmo que para sobreviver você tenha de regá-las com suas lágrimas. Não desista da vida, vá até o fim! Vá até onde tiver forças. Lute por seus ideais. Mesmo que você já não seja tão jovem, mesmo com os cabelos brancos vá até o fim. Até na velhice João Paulo II foi até o fim.
Não desista dos seus sonhos. Não tenha medo! Mas se lembre de que não existe vitória sem trilhar o caminho da cruz. Hoje Deus o está buscando de onde você parou na sua história.
Eu quero terminar essa partilha com as palavras do próprio Papa João Paulo II: "É a Jesus que buscais quando sonhais com a felicidade…”. Amém.
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