Quantas dificuldades para que os anjos nos guardem no caminho. Como não dizer que os desafios não vão chegar nem que nada vai nos acontecer? Isso não existe e não é por isso que eles [anjos] existem, mas sim, para guardar o nosso caminho para o lugar prometido de Deus.
Que os anjos nos guiem pelo caminho, não retirando as coisas difíceis, mas para irmos ao lugar a nós preparado por Deus: o céu. Isso também não significa que devamos aceitar ajuda de qualquer “anjo”. Hoje há revistas de muitos anjos, mas não é desse tipo de “anjo” que estamos falando (anjos em forma de menino com asas, os quais flecham alguém para o amor). Como não havia como explicar o amor, então criaram o cupido para encher as pessoas de sentimentos. Mas os cupidos não são os santos anjos. Há também os anjos malvados que “ficam nos nossos ouvidos” e até o anjo da morte. Enfim, surgiu uma infinidade de anjos pelo mundo, mas não os santos anjos.
Os santos anjos foram criados para nos guiar para o céu. Existem os anjos enviados por Deus e há também os anjos que combatem a nosso favor. Assim como Deus nos fala: o anjo que habita sobre a proteção do Altíssimo. Ele são os “carteiros divinos”, os que trazem uma mensagem que não é deles, mas do Senhor.
Arcanjo Miguel tem autoridade e é conhecido pela Palavra: “Quem como Deus”. Ele guardará com a própria proteção da Palavra. “Mas se diligentemente ouvires a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser, então serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários” (Êxodo 23, 22). Quantas vezes cometemos o erro de tentar resolver nós mesmos as coisas. A Palavra nos convida a dar atenção à proteção que Deus nos deu. Como a proteção divina (e o nosso inimigo, que não são pessoas, mas realidades espalhadas pelo ar, porque é o único inimigo que temos), os anjos colocam Deus entre nós e eles.
Quantas vezes chamamos as pessoas que são nossas amigas com a palavra “anjo”, não é assim? Quando digo que alguém é um anjo é porque é uma boa pessoa e uma boa amiga, alguém que me ajuda a crescer. É isso, a amizade que temos tem de transformar diversos caminhos da vida. Não seja mole demais, pois a vida não facilitará as coisas! Um dos frutos do Espírito Santo é a paciência, porque as coisas não são fáceis.
Os anjos são aqueles que contemplam Deus face a face. Contemplam-No porque a partir da contemplação aprendem a louvar. Eles lutam com a ação de graças a Deus, essa é a arma deles. Quando nos colocamos diante de alguém maravilhoso, dizemos que estamos “com o queixo caído”, naturalmente soltamos uma palavra de admiração e de louvor. Imaginem a face de Deus?
Os anjos, ao ver Deus, vivem o louvor e a adoração sem fim. É algo tão poderoso, e podemos fazer o mesmo; e fazendo isso, expulsamos os que não querem contemplar ao Senhor. Fomos criados para o serviço dos homens e para adorar a Deus. Os anjos decaídos se aproveitam de nossa fraqueza para nos derrubar – e nós que não somos resistentes – precisamos do auxílio dos anjos.
Deus nos apresenta a criança como modelo, como a maior no Reino do Céu, pois essa santa inocência é que nos leva ao céu. Do desejo de depender somente de Deus, assim como as crianças dependem dos pais, esse é o desejo do Senhor. Quando dependemos de alguém que é capaz de realizar o que promete, então, ficamos tranqüilos. E quem não quer depender do Senhor entra no desespero.
Sabemos que dependemos do Senhor, mas não tem como saber do tempo de Deus. Quantas vezes temos nossas vontades e nosso próprio tempo? Mas, sem reconhecer a dependência do Senhor, nos revoltamos e nos desesperamos. Os anjos que disseram “sim” a Deus vêm em nosso auxílio.
Ainda dá tempo de voltar atrás e de recomeçar. Não se entregue! A resposta de Deus: “Porque o meu anjo irá adiante de ti, e te levará aos amorreus, e aos heteus, e aos perizeus, e aos cananeus, heveus e jebuseus; e eu os destruirei.”( Êxodo 23,23). Quando acaba a nossa força Deus nos dá a ajuda necessária por intermédio dos anjos. Mas é preciso confiar. Tenha fé e olhe que a vida não acabou e estamos caminhando.
Quantas vezes encontramos, nas Sagradas Escrituras, os anjos que vêm em nosso auxílio, como, por exemplo, ao soltarem Pedro e Paulo, pois estão presentes o tempo todo. E como no Salmo 90, 1: “Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.”
Não tenha medo!
Transcrição e adaptação: Eliziane Alves