Nas leituras da Missa de hoje, nós temos um louvor a Jesus dado por São Paulo. É onde ele diz, que em Nome de Jesus cada joelho tem que se dobrar e toda língua tem que professar que Jesus Cristo é o Senhor. Um verdadeiro cristão é aquele que crê em seu coração e professa com sua boca que Jesus é o Senhor.
Certa vez eu estava na Terra Santa e fui convidado a conduzir uma oração de cura no mar da Galiléia. Haviam 2 mil pessoas de todas as partes do mundo. O presidente da Renovação Carismática do Haiti estava lá e me convidou para ir ao seu país para fazer a mesma oração, para rezar pelas pessoas, pela terra e pela Igreja. No ano seguinte, era o ‘ano do Espírito Santo’ e recebi uma carta para me lembrar do convite que aquele homem havia feito e um pouco depois recebi a programação do encontro onde eu achei que pregaria.
Falando com ele perguntei se queria que eu fizesse palestras, e a resposta dele foi: “não! O senhor só precisa fazer uma oração”. Então, chegando o dia, fui para o Haiti e no aeroporto lá estava uma senhora me esperando. Era a esposa do primeiro ministro do país. No caminho, ela foi me falando do seu país, que é um dos lugares mais pobres do mundo, com muita violência, e lá o ‘vudu’ se tornou a religião oficial do país. Então pensei: “meu Deus onde eu fui aterrissar!”.
Então a mulher do primeiro ministro me levou para o lugar mais alto do Haiti e pediu que eu fizesse uma oração pela cura e libertação daquela terra, do seu povo e da Igreja de lá . Estava acontecendo uma convenção com milhares de pessoas e então teve um momento onde um padre trouxe o Santíssimo Sacramento para o Altar e estava reunido ali o Clero. Então eu fui chamado a rezar por aquele país. Depois desta oração, fui e me juntei aos Bispos que ali estavam e o povo continuou a rezar e adorar a Jesus no Sacramento.
De repente, percebi que o povo não estava mais olhando para Jesus no Sacramento, mas olhavam para o lado direito e o líder da Renovação Carismática do local veio e me disse: “as pessoas estão dizendo que daquela árvore surgiu uma luz e eles podem ver Maria, a mãe de Jesus”. Eu não quis acreditar, acredito que Maria está no céu, mas olhei e vi como se fossem flashes de luz ao pé daquela árvore. Então uma criança que estava cega se aproximou da árvore e disse à sua mãe: “mamãe eu estou vendo Maria naquela árvore!”. Depois eu encontrei aquela criança e vi que ela realmente havia retomado sua visão. Em Medjugorje podemos presenciar algumas pessoas que ficam com os olhos fixos na presença de Nossa Senhora – que aparece por lá – mas ali eram milhares de pessoas a olhar para Maria que havia aparecido.
No outro dia era domingo e estava eu lá pregando quando novamente as pessoas voltaram a ver Nossa Senhora. Eu pensei, Maria pode aparecer no sábado que é o dia dedicado a ela, mas no domingo não. Domingo é o dia do Senhor, pensei sorridente. Então fui convidado por muitos para pregar em outras dioceses daquele país, pois esperavam que onde eu fosse Nossa Senhora apareceria. Fui visitar aquela árvore e vi que tiraram todas as folhas e cascas para levarem para casa como lembrança. Porque será que Maria tem aparecido em vários lugares? Me veio a história da visitação de Maria a sua prima Isabel, não somente ela, pois ela já trazia Jesus em seu ventre e Isabel diz a ela: “Como pode a mãe do meu Senhor vir até a mim visitar a minha casa?” e aquilo que Maria fez, aquela visita que ela fez não somente a Isabel, ela quer fazer hoje a nós, ela tem aparecido em muitos lugares, em Lourdes, em Fátima e em tantos outros lugares e na nossa mente só pode acontecer a mesma admiração que teve Isabel. Maria é a mãe da Igreja, ela é nossa mãe!
Em um retiro de irmãs e professoras, uma das professoras veio falar comigo e me contou que seu marido – que era um grande professor de uma escola Jesuíta – tinha estendido sua permanência, dando aulas e não havia sido pago por isso. Então ele se revoltou contra a escola, contra a Igreja e perturbava sua mulher. Aquela mulher veio ao retiro só para rezar pelo seu marido. Ela me disse que estava sofrendo com uma dor no ombro e disse que ia em um centro de tratamento para tratar daquela dor, mas então eu rezei por ela e no outro dia ela estava sem a dor. Ela me pediu para trazer seu filho que tinha dez anos e que tinha um comportamento estranho, quando olhava para a luz ele batia na testa, ela me contou que uma professora em sua infância havia batido na testa dele sem querer. Então ele repetia isso toda vez que era exposto à luz, teve que sair da escola e achavam que ele estava ficando louco e teve que ser mantido em um quarto escuro.
Me lembrei que naquele convento em que eu estava havia uma estátua de Nossa Senhora das dores e eu percebi que naquela situação havia uma outra mãe como Maria cheia de dores, só uma mãe que tem filhos com problemas é quem sabe o que é esta dor. Uma mãe que tem filho com problema mental, só ela sabe pela dor que passa. Pois então pedi que aquela mulher trouxesse seu filho. Os pais me trouxeram aquele rapaz e então pensei, vou pedir que as irmãs rezem por este menino, mas fui verificar primeiro se realmente procedia aquilo que me contaram e levei-o para o sol e vi que havia um grande calo em sua testa de tanto que ele batia. Peguei em sua cabeça e dirigi sua cabeça para sol e ele novamente começou a bater na testa, percebi que ele realmente tinha um grande problema e então pensei não vou levá-lo às irmãs para que rezem por ele, só vou pedir que elas intercedam por ele, enquanto rezo por ele.
Levei-o em uma capela daquele lugar onde havia um outro quadro, de Maria mãe das Misericórdias e quando olhei para aquele quadro, eu logo entreguei aquele menino a Maria dizendo: “Maria te entrego este menino, pois tu é mulher e mãe e pode imaginar pelo sofrimento que ele e sua mãe passam”. Levei ele junto com seus pais e uma irmã dele em um lugar silencioso e ungi a testa dele com óleo e perguntei se ele sentia algo e ele disse que sentia dores e rezei de novo e ele me disse que estava melhor. Rezei mais uma vez e ele me disse que estava se sentindo leve, antes ele dizia que estava se sentindo pesado. Eu tinha tanta confiança que eu acreditava que Nossa Senhora estava olhando para o sofrimento daquela mãe, levei ele novamente para frente do sol e vi que ele estava completamente curado.
Depois encontrei aquela família novamente e perguntei: “onde esta o seu filho?” a mãe me respondeu ele está aqui e percebi que não havia mais nenhum calombo na testa daquele menino, depois eu ficara sabendo que seus pais tinham se tornado grandes evangelizadores e aquele menino voltou a estudar e se tornou um ótimo aluno. Algum tempo depois encontrei aquele garoto e pude perceber o quanto Maria pôde fazer por aquele garoto e por aquela família.
Maria não é somente uma intercessora nossa, mas é para nós uma mãe, um modelo, a mulher que traz a nós a Palavra de Deus, a mulher do Espirito Santo, a mulher presente na cruz, ela é para nós presença e uma lembrança do que Jesus trouxe para nós. Como começa o Evangelho de São João, começa com as bodas de Canaã e o que diz ele, “Maria estava lá”, e este mesmo Evangelho termina com Jesus na cruz dizendo que “Maria estava lá” aos pés da cruz. Maria é a mulher da Palavra, é um sinal do que deve ser um cristão.
Somente quatro vezes nos lemos sobre Maria nos Evangelhos. A primeira vez é quando Maria diz ao Anjo Gabriel: “seja feita segundo a vossa Palavra” e ela diz: “quero fazer sua vontade exatamente como ela é e como foi dita”. Segundo, quando Maria entra na casa de Isabel e Isabel diz: “Maria tu és abençoada ainda mais, porque acreditou na Palavra do Senhor!”. Terceiro, no Evangelho de São Lucas capitulo 8, quando a mãe de Jesus estão procurando por Ele, dizem a Ele que sua mãe e seus irmãos estão procurando por Ele. Jesus diz para seus discípulos: “Vocês são tão preciosos para mim quanto minha mãe, pois assim como minha mãe ouve a Palavra de Deus, vocês também a ouvem. Quem são minha mãe e meus irmãos? Vocês são! Se ouvirem e obedecê-la!”.
Em Lucas capitulo 11, depois que Jesus ensina seus discípulos a rezarem, uma mulher vai dizer: “Bem aventurada é sua mãe, bem aventurado o ventre que te concebeu e os seios que te amamentaram”. Jesus diz: “Eu é que sou bem aventurado por ter uma mãe como ela”. Bem aventurados são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a guarda no coração! Eu não posso entender aqueles que tem uma grande devoção a Maria e não lêem a Bíblia. Maria é a mulher do Espírito Santo e o que foi concebido em seu ventre era fruto do Espírito Santo, por isso Isabel diz a ela que quando a encontrou o filho que esta em seu ventre se estremeceu de alegria e onde Maria passava é como se acontecesse uma epidemia do Espirito Santo, por isso não posso acreditar quando uma pessoa se diz devota de Maria, mas não querem o batismo do Espirito Santo, por isso agradeço a Deus pelo dom da Renovação Carismática na Igreja. Agradeçamos pelo nosso Papa que diz que toda Igreja precisa ser batizada pelo Espírito Santo.
Finalmente Maria é mãe das dores, é a mãe da cruz e a vida dela foi feita de sofrimentos e dores, desde o momento da concepção de Jesus ela sofria, pois José teve uma desconfiança e a pior coisa de um relacionamento é a falta de confiança. Então o anjo disse a José em sonho: “Não tema em recebê-la por esposa”. Ela teve que dar a luz em um estábulo e logo depois Herodes ameaçava Jesus de morte. Depois Jesus se perde de seus pais, a pior coisa não é uma mãe saber se seu filho esta morto ou doente, a pior dor é saber que seu filho está perdido. Depois Simeão diz a ela que seu filho seria causa de sofrimento a ela e provavelmente durante o ministério de Jesus muitas outras pessoas vinham falar que Jesus estava quebrando todos os mandamentos da lei judaica, mas Maria sabia quem era Jesus seu filho e o grande final é quando Jesus está na cruz e Maria esta ali aos pés da cruz com seu filho.
Na minha oração de hoje peço que Maria esteja sempre ao seu lado, ao lado dos casais, dos filhos, chamando você a olhar para o coração de Jesus, sabendo que ela é a mãe das misericórdias e o Pai do céu, é o Pai das misericórdias e Jesus é a divina misericórdia em pessoa, eles esperam que nos voltemos a eles, assim como eles nos prometeram grandes curas, como diz o tema deste encontro.
Transcrição e adaptação: Flávio Costa