Ester se coloca junto ao povo e vai se arriscar por eles, mas ela não vai para a luta vazia. Ela não era uma mulher atrevida ou justiceira, mas uma mulher cheia do Espírito Santo e, por isso, tinha a coragem de enfrentar aquele perigo. Para se preparar, ela ora ao seu Senhor. E com a sabedoria das grandes mulheres da Palavra de Deus ela orou, prostrou-se e passou o assim permaneceu durante o dia e a noite.
O conteúdo da oração de Ester são os cuidados de Deus na história daquele povo e assim ela reza ao Senhor pedindo socorro: “Vem, pois, em auxílio da minha orfandade”. Com esta frase, ela muda sua oração. "Vem em auxílio de mim, que não tenho um pai e uma mãe, que estou só". Ela invocava a Deus como Pai.
O povo, no Antigo Testamento, experimentava o amor de Deus como Pai, por isso ela recorria à ajuda de um Pai dizendo “vem em auxílio da minha orfandade”. Invocar vem da palavra "chamar de dentro das entranhas". Era uma oração que vinha de dentro e não uma multiplicação de palavras. Ela estava prostrada, invocando a Deus como Pai.
Hoje, muitos de nós somos chamados a recobrar esta memória e chamar Deus de Pai, porque, muitas vezes, perdemos as lutas porque vamos a elas como sindicalistas, ou como torcidas de futebol. Ela não correu da luta, mas reconheceu que precisava da ajuda do Pai. Este Pai que Ester invoca é o Pai de Jesus, do qual Ele fala no Evangelho: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem” (Mt 7,11).
Jesus que é o enviado do Pai, sua missão era comunicar esse amor que Ele experimentava. Quando Ele ensinou a oração do “Pai nosso” Ele está dizendo que este mesmo Pai é quem cuida de vós também. Você que está vivendo problemas e luta aprende com Ester e com Jesus que não podemos enfrentar a luta sem pedir a ajuda do Pai do céu.
O complicado é que nós invertemos, porque há filhos que têm a coragem de pedir pedras e cobras, e, por isso, Deus as nega. Nós precisamos aprender que nosso Pai tem a coragem de nos dizer 'não', pois o mundo nos oferece pedras e cobras em um embrulho de papel de presente. Esse é o mistério do porquê, muitas vezes, nossa oração de não ser atendida.
Se pararmos para ver o que pedimos a Deus, vamos perceber que pedimos cobras. Mas como o Senhor é Pai, Ele tem competência de nos dizer 'não', pois sabe que aquilo que pedimos não é para o nosso bem.
Nós pedimos o que nos é necessário para hoje, mas não sabemos que, lá na frente, o que precisamos hoje nos fará um grande mal. O erro não está em Deus, mas em nós: pais, mães e filhos que não aprendemos que amar é também saber dizer 'não'.
Quando invocamos, na oração, “Pai-Nosso que estais no céu” se isso não vem 'de dentro', é porque está sendo uma oração da boca para fora. Não duvide de que Deus sabe do que você precisa. A Igreja nos ensina a invocá-Lo dizendo: “Creio em Deus Pai Todo-poderoso”. Talvez faça muito tempo que você não chame Deus de Pai. A liturgia quer ensinar você, no perigo da sua vida, a chamar Deus de Pai.
Vamos aprender a invocar a Deus como Ester, porque Ele é Pai. Por isso, irmãos, se o que você pediu a Ele não foi atendido, veja bem se por trás do seu pedido não existem pedras e cobras.
Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso
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