Nos dias anteriores, acompanhando as leituras, temos visto como Jesus tem sido colocado contra a parede pelos mestres da Lei e fariseus. O questionaram qual o maior dos mandamentos, se deveriam pagar impostos a César, porém hoje é Jesus quem questiona e se mostra como Filho de Deus.
Quando Jesus morre na cruz, ouvimos da boca do centurião: “Verdadeiramente, Ele é o Filho de Deus”. E o próprio Senhor nos revela algo diferente que não era mais um, mas o Filho de Deus.
Ele não é simplesmente, o Filho que se parece com o Pai. O pai não é o todo-poderoso, Jesus o poderoso e o Espírito Santo o “poderosinho”, os três têm a mesma essência. Jesus desceu do céu com todo o seu poder, veio caminhar no meio de nós. Trabalhou como nós trabalhamos, viveu como nós vivemos, exceto no pecado. Portanto, não é um Deus distante, mas um Deus próximo que está perto do seu povo.
Ele foi crucificado. Cruz que antes era sinal de maldição, em Jesus sinal de vitória. O que em sua casa ainda é sinal de maldição? Enquanto esta situação ainda não se resolveu você pode confiar-se ao Senhor.
Podemos nos achegar a Deus, o coração de Jesus bate forte por você, fomos comprados no Sangue de Jesus para achegarmos ao Pai das Misericórdias, o Deus de toda a consolação.
Temos ouvido as leituras desta semana que narram o livro de Tobit, homem generoso que se aproximava do coração de Deus. Ele rezava com o corpo e com o coração. Na Bíblia conta que após fazer uma caridade Tobit chegou em casa, deitou-se no pátio de casa para descansar e as fezes dos pardais caíram nos olhos dele o deixando cego. Ele foi humilhado pelos conhecidos e por sua esposa porque ele era um homem bom e ainda assim Deus parecia não lhe retribuir.
Ele recorre a Deus na oração a ponto de pedir a morte, mas Deus vem em seu consolo. Também nós devemos nos aproximar de Deus em nossas aflições. Este homem não viu na hora, em um estalar de dedos o resultado de sua oração, demorou.
Deus não realiza conforme a nossa lógica. O Deus que nos foi apresentado por Jesus Cristo foi o Deus do sofrimento, passou por Ele, mas não parou. Na Palavra de Deus diz que Ele enxugará todas as lágrimas dos nossos olhos, portanto devemos confiar.
A leitura de hoje também nos fala acerca de Sarah, esposa de Tobit, que está sentada, esperando o filho voltar. Quando percebe que Tobias está voltando, ela que antes tinha brigado com o marido dizendo que o menino era filho dela, vai ao encontro do marido dizendo: “Teu filho voltou”. O cumprimento das promessas de Deus em nossas vidas reconcilia os corações de nossas famílias.
O filho derrama o fel do peixe nos olhos do pai, Tobit abraça o filho dizendo que está vendo novamente, e prorrompe em um louvor. Aquele homem rezava tanto na aflição, quanto na bonança. Precisamos retomar o louvor em nossas vidas.
Tobit vai ao encontro da nora a passos firmes. Nós também, se ouvirmos ao Senhor e confiarmos Nele daremos passos firmes, ainda que não vejamos com os nossos olhos veremos com os olhos da fé.
O peixe mais tarde passou a ser sinal do cristão, nos túmulos dos cristãos do primeiro século havia o desenho do peixe para mostrar que eram cristãos. Aqui voltamos ao evangelho, a cura para nossas enfermidades está em Jesus, foi Ele quem teve o sangue misturado ao fel. Sangue este que nos cura.
Peçamos a Ele que derrame sobre nossas chagas, nossas feridas seu sangue redentor. Ainda que nos chamem de alienados ou de loucos, sejamos firmes, porque acreditamos além do que podemos ver.
Transcrição e adaptação: Rogéria Nair
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