As Novas Comunidades são um sinal vivo de que o Espírito Santo continua a atuar na Igreja e a animá-la
Neste dia 26 de novembro, por ocasião da Santa Missa no Acampamento com as “Novas Comunidades”, Dom Devair Araújo, Bispo Auxiliar de São Paulo, em sua homilia meditou sobre a alegria de se celebrar a Eucaristia, de se celebrar a comunhão com o Senhor em comunidade e como as “Novas Comunidades” devem e podem contribuir com esta comunhão eclesial e com a nova Evangelização.
Confira as idéias centrais da homilia deste sábado:
“Que alegria quando ouvi que me disseram …” (Sl 121)
Nós, como o Salmista daquele tempo, dizemos: que alegria estamos aqui para celebrar a Eucaristia. Uma comunidade eclesial não nasce porque duas ou três pessoas se reúnem e dizem: agora queremos formar uma comunidade. Uma Nova Comunidade não nasce da decisão de alguém. Uma Nova Comunidade não nasce da iniciativa de algum grupo. Não é este o fundamento. Não é um fruto do acaso ou de uma vontade humana. Uma Nova Comunidade nasce da ação do Espírito Santo.
Um fundador é aquele que sente o apelo do Espírito Santo no seu íntimo e na docilidade vai correspondendo a este apelo especial e contagiando outros. É sempre o Espírito que toma a iniciativa de atrair mais pessoas a corresponder à vocação. Um fundador não precisa se preocupar se sua comunidade vai ter ou não novas vocações. Quem semeia é o Espírito Santo, quem chama é o próprio Senhor.
Novas Comunidades, sinal vivo da ação do Espírito Santo
As Novas Comunidades são um sinal vivo de que o Espírito Santo continua a atuar na Igreja e a animá-la. Elas são aquela primavera, aquele novo frescor na Igreja, como dizia São João Paulo II, mas só serão uma primavera se assumirem o seu lugar na Igreja. Não como um gueto, não como um lugar à parte, mas assumindo o seu papel, respeitando as outras realidades eclesiais, nas dioceses, nas paróquias, sem se fechar. Todo fechamento produz unicamente a morte.
Deus quis a Igreja para reunir nela todos os seus filhos no único Filho, Jesus Cristo, e assim continuar a missão de anunciar o Evangelho. A Igreja sempre foi desejada por Deus e a Igreja é lugar de apostolado.
Muitas Novas Comunidades já nasceram e já morreram. Já apareceram e já desapareceram. O fechamento provoca a morte. Na Igreja, as Novas Comunidades não são uma mutação indesejável, não são uma realidade descartável. São esperadas e necessárias e, sobre a ação do Espírito Santo, precisam testemunhar o evangelho no mundo. Elas tem o seu lugar e a sua função. O Espírito não atua no fechamento. O Espírito Santo não pode fazer parte de um projeto assim.
Somos chamados a fazer parte da família de Deus e dentro desta família, os membros das Novas Comunidades, que caminham com o Senhor, o bom Pastor. Vocês são chamados a viver a radicalidade do seu batismo. Essa é a novidade, a beleza das Novas Comunidades: viver a radicalidade do seu batismo no mundo, inseridas nas realidades seculares.
Vocês ainda estão em formação, buscam viver a beleza do Evangelho, com problemas, com desafios, mas querendo dar respostas para as atuais necessidades do mundo. Para isso, é preciso a escuta, a obediência à Igreja. Assim nos tornamos instrumentos nas mãos do Senhor. Chamados pelo Espírito para estar a serviço. Por isso, escutem o Espírito Santo, permaneçam na obediência à Igreja. Só assim serão instrumentos da nova evangelização.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
Transcrição e adaptação: Tarciana Matos e Adailton Batista
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