O que é viver um feliz ano novo?
Cada ano que completamos é mais um ano perto de Deus e longe da Terra. Temos de viver bem o tempo presente, por isso desejamos a todos um Feliz Ano Novo. Mas o que significa isso? Um ano novo feliz é um ano cheio de Deus.
O catecismo questiona por que Deus nos criou
Ele nos criou para sermos bem-aventurados, para sermos felizes. O Apocalipse diz que não haverá mais lágrimas nem mortes; haverá apenas felicidade. Precisamos nos lembrar de que somos peregrinos do Absoluto.
“É como está escrito: Coisas que os olhos não viram nem os ouvidos ouviram nem o coração humano imaginou , tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 cor 2,9). São Paulo disse que esteve no terceiro céu. São os níveis de Glória, mas não importa, porque todos estarão satisfeitos.
Perspectivas do Novo Ano
A nossa perspectiva do novo ano deve ser a de buscar as coisas de Deus, como diz uma das orações da Missa: “Vivendo entre as coisas que passam, as que não passam”. Papa Francisco diz que nunca viu velório com caminhão de mudança atrás, mas na alma a pessoa leva a mudança, leva tudo o que viveu nesta vida.
Não há nem um dia de sua vida que não estará nas mãos de Deus. São João diz que a vitória que vence o mundo é a nossa fé. O que nos dá a vitória é a fé. Há pessoas que vivem de superstições, usam roupas brancas, dão pulinhos para Iemanjá, têm em casa espada de São Jorge, para livrá-las de maus agouros. Mas onde fica Deus nessa história?
O Catecismo diz que superstição é pecado contra o primeiro mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Isso ofende o Senhor! Há pessoas que colocam ferradura atrás da porta para dar sorte. Se ferradura desse sorte, burro não puxava carroça.
Deus não revela o que sabe, porque saber não é bom para nós
Quando as pessoas buscam cartomantes e adivinhos, estão buscando poder, estão querendo saber o futuro, mas essas coisas não vêm de Deus. Se o Senhor não nos revela o que Ele quer, e vamos ao ocultismo ou outras crenças para descobrir, além de O ofendermos, estamos buscando o inimigo do Senhor.
Quando queremos buscar informações ou poder fora de Deus, nós O ofendemos. Há pessoas que, quando alguém da família morre, vão tentar falar com a pessoa. A Bíblia diz que isso é uma prática errada. Pessoas confundem evocação dos mortos, que a Bíblia condena, com o pedido de intercessão que fazemos a eles. Pedimos a alguém que já morreu para interceder por nós, porque essas pessoas já estão perto de Deus. É diferente quando acontece evocação dos mortos, que são os homens que evocam, chamam quem já morreu para lhes contar algo.
Na vida dos santos, pessoas que já morreram lhes apareceu, mas por permissão extraordinária de Deus. Pessoas que já haviam morrido vieram para pedir oração ou para trazer uma mensagem divina, ninguém as chamou.
Ignorância religiosa
Papa Bento XVI diz que um dos maiores problemas da Igreja é a ignorância religiosa. Infelizmente, isso faz muitas pessoas, por terem uma crença frágil, saírem da Igreja do Senhor e aderirem a algumas seitas. Em nenhuma outra religião Deus morreu pelos seus, Ele se fez Filho do homem, para que nos tornássemos filhos de Deus. Que graça! Que misericórdia! Em que religião as pessoas são tratadas como filho de Deus?
Depois de passar pela cruz, pelo Calvário, esse Deus ainda quer ficar no meio de nós na Eucaristia. Aniquilado naquele pão, para estar em nossos sacrários, em nossos altares para ser nosso companheiro de jornada.
Jesus nos deu o sacramento da confissão, ordenando aos apóstolos que distribuíssem o perdão de Deus para a humanidade. Em que outra religião Deus nos dá todo esse perdão?
Em qual religião temos a Mãe de Deus como a própria Mãe? Depois de dar tudo, até Sua roupa, o Senhor nos deu Sua Mãe. É uma pena que muitos católicos não conhecem essas verdades e troquem o ouro puro por ouros falsos.
A Igreja é santa
Uma moça de família católica veio me procurar, em crise religiosa, por causa dos curso que está fazendo. Ficamos sentados mais de uma hora conversando sobre a Igreja. Falei para ela que a Igreja Católica é a instituição que mais faz caridade no mundo inteiro, manteve o mundo quando o império Romano caiu, criou as primeiras universidades do mundo, criou orfanatos, creches e escolas em tempos de crise mundial. Houve erros dos filhos da Igreja, mas não dela. Eu sou filho da Igreja; se pequei, o pecado é meu, não dela.
Somos uma Igreja santa de homens pecadores. Muitas escolas estão levando os filhos para o ateísmo e materialismo, mas os pais precisam acompanhar de perto seus filhos.
Recebi a carta de um pai que tem três filhos estudando na USP, e agora os três estão vivendo o ateísmo. Tudo isso por causa de professores inimigos de Deus, anticristos.
“Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos. Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da verdade” (1 João 2, 18-21).
“Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão” (Jo 16,13). Por isso a Igreja não erra. Em dois mil anos de Igreja, um Papa nunca anulou um ensinamento de outro Papa. Nosso Credo tem dois mil anos e nunca mudou, é um credo vivido pelos apóstolos e doutores da Igreja.
Nacionalistas, positivistas e iluministas constatam divindade do Cristo
A Igreja, que reuniu todos os livros escritos, filtrou, tirou mais de 60 livros que eram apócrifos. Ela viu que não eram inspirados pelo Espírito. Durante quatro séculos de estudo, a Igreja montou a Bíblia. Precisamos conhecer o tesouro de nossa fé.
Filósofos nacionalistas, positivistas e iluministas, que profanaram a Catedral de Notre Dame em Paris, França, introduziram nela a deusa da razão. Fizeram orgias para celebrá-la, quiseram mostrar ao mundo que os Evangelhos eram uma farsa da Igreja. Submeteram-nos a uma crítica severa, mas o tiro saiu pela culatra. Puderam constatar e mostraram ao mundo que os Evangelhos são uma obra de arte perfeita, sem falhas; além disso, tiveram que reconhecer que Jesus é o Homem mais perfeito da face da Terra.
Chegaram à conclusão de que se Ele não é Deus, é um doido varrido. Quem é que vai dizer que é a Luz do mundo, que quem quiser ter a vida eterna deve comer de Sua carne e beber de Seu sangue? quem sairá chamando homens a segui-Lo e dizer que ressuscitará em três dias? Só Deus pode fazer coisas dessas. Tiveram então de atestar a divindade de Jesus.
A misericórdia que se fez homem e nos fez filhos
Celebramos, nesses dias, a Misericórdia que se fez Homem. É esse ano novo que os convido a levar a todos. São João Paulo II diz que o homem que não conhece Jesus Cristo é para si mesmo desconhecido. Não sabe quem é, o que está fazendo neste mundo. Por que se casa? Por que têm filhos? Por que trabalham. É Jesus Cristo quem lhe diz que você é filho de Deus. Quem não conhece o Senhor não tem vida, porque ele diz: “Eu sou a vida”.
Há aqueles que querem Cristo e Nossa Senhora, mas não querem a Igreja. Você sabia que a Igreja é a esposa de Cristo? Muitos a julgam pelos pecados de seus filhos, mas não podemos colocar nela a culpa de nossos pecados. A Igreja é o Cristo, Ele é a cabeça, nós o corpo, por isto Cristo disse: “Sem mim nada podeis fazer”. Se quisermos ter um verdadeiro ano novo, precisamos permanecer em Jesus.
Quer ter um feliz Ano Novo?
É dogma de fé que cada um de nós está em estado de graça, mesmo se estiver em pecado venial. Deus só nos abandona quando estamos em pecado mortal. Ele habita nosso coração, e nós não podemos expulsá-lo de lá.
Se quisermos ter um ano feliz, temos de confessar. A confissão não é só para perdoar pecados, mas para nos fortalecer contra ele. A Igreja chama a confissão de sacramento de cura.
A Palavra estava no mundo, e este foi feito por meio dela, mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo”.
Quando pregamos o Evangelho satanás perde o poder
São João Paulo diz que se o homem não conhece Cristo, não conhece a si mesmo. Precisamos propagar o Evangelho, o Cristo. Quando pregamos o Evangelho, satanás perde o poder, as pessoas se convertem e voltam para Deus, por isso precisamos entrar no grupo dos que seguiam e anunciavam Jesus.
Neste ano novo, Jesus pede a cada um de nós que sejamos pregadores da Palavra de Deus para eliminar a ignorância religiosa que há na Igreja.
João Paulo II, certa vez, disse aos bispos do Brasil que, na América Latina, as seitas se espalham como uma mancha de óleo no oceano e atacam a Igreja por cinco pontos: pessoa do Papa, Magistério, Nossa Senhora, Eucaristia e sinais exteriores da fé.
Peçamos a Deus a graça de sermos conhecedores de nossa Igreja, de nossa fé, e que possamos pregar a verdade de Cristo a todo mundo.
Transcrição e adaptação: Rogéria Nair
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