A temática escolhida, este ano, para o Acampamento de Cura e Libertação é: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará” (Jo 8,32).
A Palavra meditada está em João 8,31: “E Jesus dizia aos judeus que n’Ele creram: ‘Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’”.
O caminho, a verdade e a vida
Para conhecer a verdade que nos liberta é necessário entender aquilo que o Senhor disse que Ele é: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Portanto, existe essa pedagogia do Céu para que possamos ser salvos, para que possamos chegar no nosso destino final que é o Céu, e precisamos ter a disposição de entrar por esse caminho, sermos iluminados pela verdade e chegarmos à plenitude da nossa vida. A plenitude para um cristão é a vida eterna com Deus.
Ter uma vida de oração
Falar de oração não é tão fácil, porque é por meio dela que podemos ser salvos ou não. E quando falamos de oração, não estamos falando de simples práticas.
Padre Jonas costuma nos ensinar que precisamos ter vida de oração. Quando falamos de anunciar uma verdade, essa verdade tem um nome e é uma pessoa. Essa verdade é Jesus Cristo, e quando Ele vem, Ele precisa iluminar as trevas do nosso coração.
Todos nós precisamos passar pelo caminho da descoberta da verdade. Se Jesus é uma pessoa, temos uma maneira de tratar as pessoas, pois com cada uma delas temos um tratamento. Quando entramos nesse caminho e somos iluminados pela verdade do Cristo, entra na história do cristianismo uma realidade dramática chamada combate espiritual.
Combate espiritual
Não podemos falar da vida de oração sem tratar do combate espiritual. Não adianta fugir dessa realidade. Por que estamos inseridos nessa realidade? Porque o demônio tem um único objetivo: que nos percamos e sejamos condenados ao inferno. Ele sabe que um filho de Deus no inferno é uma maneira de atingi-Lo.
Um dos grandes erros que encontramos na temática do combate espiritual é as pessoas serem iludidas pela mentira do demônio, achando que, quanto mais rezamos, pior as coisas ficam.
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Diante da realidade do combate espiritual no qual estamos inseridos, aprendi uma realidade com o padre José Fortea: “Os cristãos não negociam com o demônio”.
O demônio é perverso e tentará sempre, na medida do possível, fazer todo e o pior estrago na nossa vida, portanto, não negociamos com ele, não nos arrefecemos na nossa vida de oração. Quando diminuímos a nossa vida de oração, também diminuímos a nossa ação de lutar contra o mal.
O diabo e a divisão
A palavra ‘diabo’ vem de ‘diabulus’, aquele que divide. Estamos vendo e estamos inseridos em tempos maus na Igreja, mau no sentido de que muitos cristãos estão se deixando levar por comentários sobre a nossa Igreja Católica. Muitas pessoas até têm boas intenções, mas semeiam a divisão.
O diabo tem se atirado no nosso meio. Ele tem dividido e feito com que bons cristãos e católicos acabem trazendo a confusão para o meio das ovelhas. As fofocas nas igrejas, nos grupos de oração, os cristãos com achismos estão dividindo o povo de Deus.
Estamos enfrentando uma realidade de combate espiritual. Estamos nos perdendo! O diabo está entrando nos relacionamentos, nas famílias, e estamos vivendo no relativismo.
Somente a Verdade nos liberta
“Conhecereis a Verdade e ela vos libertará”, somente a Verdade nos libertará. Não podemos continuar com os pastores que nos desviam dos caminhos do Senhor.
Estamos numa letargia, acreditamos que rezar apenas uma Ave-Maria e um Pai-Nosso sejam suficientes, mas precisamos rezar diariamente. Os santos sempre diziam: “Quem não reza pode se condenar eternamente ao mal”.
Transcrição e adaptação: Karina Silva