Oferecer para Deus o melhor

Padre Arlon Cristian

Padre Arlon Cristian Foto: Paula Dizaró/cancaonova.com

Padre Arlon Cristian
Foto: Paula Dizaró/cancaonova.com

Na Quaresma, vamos oferecer a Deus aquilo que temos de melhor

A liturgia de hoje, antes de entrarmos no tempo quaresmal, nos diz: “Aquele que guarda a Lei faz muitas oferendas; aquele que cumpre os preceitos oferece um sacrifício salutar; aquele que mostra agradecimento, oferece flor de farinha; e o que pratica a beneficência oferece um sacrifício de louvor” (cf. Eclo 35,1-14).

Estamos perto de penitência, do jejum, neste tempo que vamos viver a partir de amanhã. Se voltarmos no tempo bíblico, ao oferecimento e sacrifício de um animal, daquilo que plantavam e colhiam, veremos que as pessoas davam o melhor para Deus. Não era qualquer animal, mas o melhor.

Foi no Antigo Testamento que surgiu a frase: “Para Deus sempre o melhor”.

Jesus é o Cordeiro imolado, o Filho primogênito do Pai. Jesus é o que o Pai tem de melhor, que é dado, como Cordeiro imolado, por amor a nós.

Quando falamos em oferenda, em dar as coisas, pensamos em dar aquilo que está sobrando para nós. A liturgia, no entanto, é muito clara: “O sacrifício do justo enriquece o altar, o seu perfume sobe ao Altíssimo. A oblação do justo é aceitável, e sua memória não cairá no esquecimento” (cf. Eclo 35,8-19).

Dê o melhor de você para Deus

Por isso, eu digo: vamos adentrar na Quaresma, vamos oferecer a Deus aquilo que temos de melhor. O jejum tira a refeição; a penitência retira o que gostamos muito, algo que nos seja custoso. Para alguns pode ser o café, para outros a carne.

O jejum, a penitência e o sacrifício estão relacionados ao prazer. Comer é um prazer, beber é um prazer, dormir é um prazer. Por isso, precisamos oferecê-los aos Senhor. O oferecimento, no entanto, precisa ter uma intenção.

O oferecimento que agrada a Deus é aquilo que é importante para nós, e não necessariamente precisa estar relacionado à comida. Por exemplo: acordar mais cedo para rezar.

Nossos oferecimentos devem estar pautados em: querer, poder e fazer. No entanto, há pequenas coisas que queremos, podemos, mas não o fazemos nem oferecemos pelas pessoas.

Assista ao vídeo e veja um trecho da homilia.

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Transcrito e adaptado por Adailton Batista

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