Armados para o combate

Padre Edimilson Lopes

Seja você mesmo no combate. Não se espelhe nas pessoas, pois Deus quer usar você na sua simplicidade

Pe. Edimilson Lopes. Foto: Arquivo CN/cancaonova.com

A Palavra meditada está em II Coríntios, versículo 10.

Estamos vivendo segundo a carne, mas as armas do nosso combate não são carnais; pelo contrário, são armas poderosas ao olhar de Deus. Por isso, precisamos usá-las bem, pois elas são capazes de derrubar fortalezas e todo o orgulho intelectual que se levanta contra o conceito de Deus.

A primeira consciência que precisamos ter é a de que estamos em batalha, vivemos dentro dessa realidade e não há como sair dela. Só pelo fato de sermos cristãos, já somos combatentes; só pelo fato de você ser esposo ou esposa, já está no combate.

O apóstolo Paulo se levantou, naquele tempo, porque muitas pessoas tinham pensamentos contrários ao Evangelho.

A nossa luta é espiritual

A nossa arma não pode ser carnal, não estamos sendo levantados para “bater boca” com outras pessoas que têm pensamentos intelectuais. Nós só vencemos quando dobramos os nossos joelhos para rezar. Nós, que somos combatentes, precisamos estar aos pés de Jesus, porque Ele pode vencer por nós.

Não precisamos pegar em armas nem subir em tanques de guerra. A nossa luta é totalmente espiritual! E, no plano espiritual, só é possível vencer de maneira espiritual, por isso precisamos usar as armas espirituais.

Usemos as armas espirituais a nosso favor

Em Efésios, no capítulo 6, são apresentadas a nós algumas armas espirituais. E com a armadura de Deus conseguimos a vitória.

As nossas armas nunca deverão ser carnais. O jejum é uma arma poderosa! O diabo faz de tudo para que não jejuemos, porque, se jejuarmos, essa arma tem o poder de derrotar o inferno.

No plano sobrenatural, nós temos armas de defesa e ataque. Precisamos aproveitar do que nós temos. Nesse tipo de guerra, não temos força própria. O poder vem de Deus, por isso nós lutamos e Ele vence.

Não usamos técnicas humanas em nossas orações, não temos nada programado! Começamos a combater, porque o Espírito veio até nós.

Precisamos lutar com alvos concretos

O apóstolo Paulo disse que o nosso plano é vencer fortalezas, então, precisamos lutar com alvos concretos. Precisamos saber, concretamente, qual é o alvo em que precisamos lançar a nossa intercessão.

Não nos deixemos envolver por filosofias, raciocínios intelectuais nem pelas coisas do mundo. Estamos vivendo num mundo onde o termo “orgulho intelectual” está em alta. Precisamos tomar cuidado, porque essas palavras nos incham, faz com que as pessoas achem que sabem de tudo, mas quando o homem é tomado por esse orgulho, ele se torna autoconfiante.

Deus precisa da nossa simplicidade

Não confiemos demais em nós nem nos homens. “Maldito o homem que põe a sua confiança em si mesmo, mas bendito o homem que coloca a sua confiança em Deus” (cf. Jeremias 17,5-7).

A pessoa autoconfiante vai se perdendo, porque vai se deixando dominar pelo orgulho, pensa que tem todas as capacidades. Cabe a nós usarmos da humildade, porque a nossa capacidade vem de Deus. Sejamos combates, não nos espelhemos nas pessoas, pois Deus quer usar de nós, da nossa simplicidade.

Cuidado com o “Eu posso! Eu consigo! Eu sou capaz!”. Olhe a consciência do apóstolo Tiago: “Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isso ou aquilo” (Tiago 1,15). Tudo está nas mãos do Senhor. Estamos em combate, mas não somos nós que determinamos a vitória, a nós cabe apenas combater.

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Transcrição e adaptação: Karina Silva

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