“Ficai firmes e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da escravidão” (Gl 5,1b)
Estamos fazendo uma caminhada nessa terra rumo ao céu. Estamos nos preparando para um dia celebrar nossa Páscoa. Para muitos essa trajetória é extensa e para outros termina mais cedo. Esse caminho é cheio de alto e baixos.
Se pudéssemos visualizar esse caminho, veríamos que é acidentado e desafiador. Não podemos esquecer que há um combate espiritual nesse caminho. Nesse tempo precisamos caminhar juntos, é tempo de unidade.
Quando amamos deixamos de olhar com os olhos humanos e passamos a enxergar com os olhos de Deus. O amor faz com que deixemos de ver os outros como inimigos mas como uma conquista para Deus.
De que maneira vamos enfrentar esse combate como vencedores? Quando percebemos a direção que Deus está nos dando!
Quando falo em combate eu penso na palavra treinamento. Quando um fuzileiro é preparado para guerra ele entra em treinamento. Ele precisa receber um treinamento básico e intensivo. O propósito maior disso é prepará-lo para guerra desenvolvendo um caráter que o sustentará na batalha. Isso acontece por meio de exaustivas disciplinas físicas despertando a resistência. Mais importante do que o treinamento, é o condicionamento psicológico para que ele acredite na missão da corporação.
Quem não obedece perde a guerra, porque entra um espírito de confusão e não ouve a voz de quem o comanda.
Você consegue visualizar que muitos não conseguem obedecer e são humilhados pelo inimigo. Muitos de nós queremos entrar no combate da oração, mas não nos submetemos para que sermos equipados com o treinamento necessário.
O combate espiritual deve ser encarado como algo que envolve dois movimentos simultâneos: o primeiro movimento na direção de Deus e o segundo na direção do nosso inimigo.
A oração tem três realidades importantes: precisa ser feita a Deus, o indivíduo orante e deve ser contra o diabo.
A oração é um combate espiritual que travamos contra o diabo. Ás vezes você não está fazendo oração de libertação, mas você está enfrentando o diabo que não quer que ore. O nosso propósito de oração não é persuadir Deus, mas unir forças com Ele contra o inimigo.
Por nós mesmo, não conseguimos vencer a batalha. É pela força do Espírito Santo!
Qual é o movimento que nos dará resistência ao diabo? Submissão a Deus!
Meus filhos e filhas, vivemos em uma sociedade muito permissiva. Talvez os mais jovens ou adultos que estão aqui viveram em uma família desestruturada. Cada vez mais o combate é contra a família, fazendo com que os membros sejam enfraquecidos, tornando-os rebeldes. Muitos têm dificuldades em honrar pai e mãe.
Por causa da divisão, as pessoas só buscam a Deus quando querem amor e cura, mas se afastam Deles quando ele exige obediência.
Nós temos dificuldade de assimilar o que declaramos: Jesus é o Senhor. Será que ele é mesmo? Ou é só da boca para fora?
Na sociedade do Antigo Testamento ninguém questionava que o Senhor deveria ser obedecido a qualquer custo.
Quem não está disposto a obedecer vai ser humilhado no combate da oração. A obediência é o principal medidor do nosso relacionamento com Deus. O diabo não encontrará espaço para agir na vida daquele que obedece a Deus.
Você se aproximando de Deus, você acha que o diabo vai conseguir se aproximar de você? De jeito nenhum.
Como está o seu relacionamento com Deus? Por que isso é tão importante? Porque gera intimidade e consequentemente você irá adquirir a capacidade de ouvir e reconhecer a voz de Deus. Porém, isso consome tempo.
Orar precisa ser satisfatório! Para desfrutar da oração você precisa realizá-la em um lugar confortável e silencioso, estipulando um tempo e ter abertura para escuta da voz de Deus. O jejum não pode faltar na vida de um combatente, pois é a disciplina do corpo. Questione se os seus pensamentos estão de acordo com a doutrina. Pare de fazer coisas que desagradam a Deus.
Estou dando o segredo da firmeza e obediência a Deus que nos levará a experimentar a santidade, a maior arma contra o inimigo.
É tempo de nos firmarmos em Deus, de levarmos Deus a sério porque o mundo é mal. Se eu não treinar, eu vou perecer.
A santidade consiste em Cristo sendo formado em nós e parecermos com Cristo ao fazermos o que Ele quer e não o que queremos!
Transcrição e Adaptação: Letícia Barbosa