Vigiai e orai para não cairdes em tentação

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Padre Edimilson Lopes. Foto: Arquivo/cancaonova.com

“Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”(Mateus 26, 41-42).

Corremos o risco de orar, mas não viver a vigilância. Por isso que Jesus Cristo disse: “Vigiai e orai”. No dicionário a palavra vigiar significa: guardar, velar e observar atentamente. Jesus pediu isso aos discípulos para que não caíssem em tentação. A tentação existe e ser tentado não é pecado. Eu não sei quando você vai ser tentado. Você talvez diga: “Padre, eu preciso ir para o mosteiro ou para a Canção Nova”. Não é assim! O tentador tem nome e se chama diabo. Se ele tentou Jesus, nós não estaremos isentos das tentações dele.

Talvez você diga: “No dia em que caí foi o dia em que mais rezei. Como o senhor me explica isso?”. A palavra que eu posso dizer é a palavra de Jesus: “Faltou vigilância”. A profissão do demônio é nos tentar.

Podemos nos questionar: “Quais são os meios que o inimigo se utiliza para nos tentar? De onde provêm as tentações?”. As tentações podem vir do diabo, de nós mesmos e do mundo, que chega até nós com mil propostas de pecado. Você precisa estar atento a estas realidades. Ou nós abrimos os olhos ou, constantemente, iremos cair em tentação. Quantos ministros de música que caíram na tentação, porque não houve vigilância. Se eu, que sou padre, não me vigiar, também posso cair em tentação e fazer coisas piores do que vocês, por causa da falta de vigilância.

Reze com padre Edimilson Lopes:

Eu sou padre e a pior confissão que alguém pode fazer é ficar justificando os seus pecados, não aceitar que pecou. No Evangelho de Mateus, quando Jesus estava no deserto, Ele sentiu fome e o inimigo propôs transformar a pedra em pães, mas Jesus, pela Palavra, disse: “Nem só de pão vive o homem,  mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. O diabo não vai nos tentar com aquilo de que não gostamos, mas com aquilo que nos é agradável. Quando temos uma vida de vigilância escutamos a voz de Deus. Coloque-se como um sentinela. Eu olho para a minha vida hoje e percebo que existem realidades concretas que já superei e para as quais não quero voltar, mas com vigilância, com luta a cada dia, não voltarei.

Jesus disse: “Se o meu Pai trabalha eu também trabalho”. Se você vigiar e orar não cairá em tentação. Mas se você não vigiar e não orar, você vai cair. Judas não traiu Jesus com o beijo somente, ali foi o alto da traição. Na verdade, Judas já vivia uma vida de traições. Para os doze apóstolos ele já vivia uma vida de escândalo. Como administrador da bolsa, ele já roubava o próprio grupo. Se o nosso corpo é uma das vias que o diabo usa para nos levar em tentação precisamos vigiar.

Nós temos visto, dolorosamente, casais da Igreja, da Renovação Carismática Católica e de outros grupos cair em pecado por falta de vigilância. Muitos consagrados maravilhosos, por falta de vigilância, viram sua consagração minar. As pessoas, que estão passando por estes processos, ficam procurando meios para se agarrar. Mas se elas se colocassem diante do espelho, todas as máscaras cairiam. Talvez você pense: “Mas é tão difícil ter uma vida de oração!”. Santa Teresinha diz: “Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar dirigido para o céu, um grito de agradecimento e de amor, tanto do meio do sofrimento como do meio da alegria. Em uma palavra, é algo grande, algo sobrenatural que me dilata a alma e me une a Jesus”.

Quando eu proponho para o movimento  ‘Jovens Sarados’ uma vida de oração, eu proponho, como o monsenhor Jonas ensina, as cinco pedrinhas: Eucaristia, estudo da Palavra, confissão, rosário e jejum. Nós arrumamos, constantemente, desculpas para não jejuar. Se Jesus que era Jesus jejuou, você combatente precisa se colocar no seu lugar! Precisamos saber que a nossa luta é contra o diabo, contra nós mesmos [contra nossas más inclinações] e o mundo.

Não tem como ser combatente se não rezar e vigiar. O meu pai fundador, monsenhor Jonas Abib, fala para nós que a oração precisa ser ao ritmo da vida e que precisamos encontrar tempo para rezar. Isso quer dizer que você precisará de esforço para rezar.

Há dias em que eu chego em casa depois da missão e não tenho vontade de fazer mais nada, o pique já passou, mas eu me determino a rezar. Monsenhor Jonas Abib também diz: “Quando você reza porque você quer rezar, lá no fundo, você quer agradar a sua carne. Mas, quando você reza sem vontade, você quer agradar a Deus”. Tudo pode ser motivo para você rezar e um movimento para a sua oração.

Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.

Adquira esta pregação pelo telefone: (12)3186-2600

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