A radicalidade está em amar a Deus profundamente, com todas as nossas forças
A radicalidade de ser cristão chama-se santidade. Essa foi a intuição do monsenhor Jonas Abib quando ele fundou a Canção Nova, e ela existe porque, no Concílio Vaticano II, a Igreja disse uma palavra definitiva sobre a polêmica de quem podia ser santo. Alguns diziam que a santidade não era para todos, mas o CVII foi contra essa ideia e proclamou que a santidade era para todos.
Para entendermos isso melhor, temos de saber a diferença entre ser santo e ser um cristão normal. Uma coisa é ser salvo, outra coisa é ser santo; a diferença é que ser santo é realmente decidir entregar-se a Deus não somente fazendo o que somos obrigados a fazer nos mandamentos, mas amar a Deus generosamente, com o coração aberto, fazendo mais do que somos obrigados. Radicalizar quer dizer amar, amar e amar cada vez mais.
Ser santo não é simplesmente seguir os mandamentos, mas amar a Deus com radicalidade, porque se ficarmos com essa mentalidade de só cumprir os mandamentos, não vamos ser santos nunca!
A vocação para a santidade vem dessa vontade de dar para Jesus todo amor que Ele merece receber. A santidade não é moralismo, a radicalidade de ser santo não é para ser um peso colocado em nossos ombros. Não somos, no mais profundo do nosso ser, capazes de amar Deus radicalmente, mas, pela graça divina manifestada no batismo, na confissão e na comunhão, Ele transforma nosso coração e nos dá a capacidade de amar.
O caminho da radicalidade do jovem cristão é crescer de graça em graça, pois essa vida passa muito rápido e não temos tempo suficiente para amar a Deus. Temos de ser urgentes! Aproveitar cada momento para amá-Lo cada vez mais, pedir graças a todo momento, para sermos capazes de amar o Senhor.
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Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos