Todos os santos da Igreja foram devotíssimos da Santa Missa e da
Comunhão Eucarística
A Instituição da Eucaristia é a maior prova de amor de Jesus por nós, pois, por meio desse Sacramento, Ele atualiza o Seu Sacrifício Redentor e nos dá a oportunidade de participarmos dele todos os dias, além de podermos nos encontrar com Ele, quando desejarmos, no Sacrário. Na noite em que Ele foi traído, mais nos amou. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 13,1). Assim, Ele cumpriu Sua promessa à Igreja: “Eis que Eu estou convosco todos os dias” (Mt 28,20).
Jesus disse aos discípulos na Santa Ceia: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós… porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5ss).
Todos os santos da Igreja foram devotíssimos da Santa Missa e da Comunhão Eucarística.
Jesus revelou a São Paulo este mistério: “O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: ‘Tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim’. Igualmente também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: ‘Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes'” (1Cor 11,23-29).
Jesus se esconde na Eucaristia, na Hóstia Sagrada. Ele se aniquilou, fez-se pão e vinho para ser nosso sustento e remédio de nossa alma. Ali, Ele está no silêncio, vítima, esconde a Sua glória. Se víssemos os Seus dons, apegaríamo-nos às suas dádivas e nos esqueceríamos do Doador. Inerte, prisioneiro, sem ação, sem cor, sem brilho, sem defesa, Ele permanece nos nossos sacrários há dois mil anos.
A Santa Missa é sacrifício e banquete do Cordeiro, que se deixa imolar para a nossa salvação. É a “fonte e ápice de toda a vida da Igreja” (LG 11). O Papa São João Paulo II disse que “a Igreja vive de Jesus Eucarístico, por Ele é nutrida; por Ele é iluminada” (Enc. Ecclesia de Eucaristia, 6).
A Santa Missa perpetua o sacrifício da cruz (Catecismo n.1323), une-nos à liturgia do Céu e antecipa a vida eterna (n.1326).
Desde a Ressurreição de Cristo, a Igreja a celebra. São Justino, mártir (†160), dizia: “Reunimo-nos sempre no dia do sol, porque é o primeiro dia, o dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, nesse mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos”. (Apologia 1,67)
Santo Inácio de Antioquia (†102), mártir, disse: “Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o Seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres” (Carta aos Efésios).
“Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte” (Carta aos Magnésios 9,1).
São Jerônimo ensinou que: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor, pois foi nesse dia que Deus subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado, pois, hoje, levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação” (CCL, 78,550,52).
Vale a pena ler o que ensinaram os santos:
São João Crisóstomo: “Deu-se todo não reservando nada para si”. “Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”.
São Boaventura: “Ainda que friamente aproxime-se confiando na misericórdia de Deus”.
São Francisco de Sales: “Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos, para se conservarem perfeitos; e os imperfeitos, para chegarem à perfeição”.
Santa Teresa de Ávila: “Não há meio melhor para se chegar à perfeição”. “Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”. “Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os santos no Céu, diante da Essência Divina”.
São Bernardo: “A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”. “Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.
Santo Ambrósio: “Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”
São Gregório Nazianzeno: “Este pão do céu requer que se tenha fome. Ele quer ser desejado”. “O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-o do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”
São Tomás de Aquino: “A comunhão destrói a tentação do demônio.
Santo Afonso de Ligório: “A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação e recolhimento.” “Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.
Santo Agostinho: “Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma nele”. “Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar”. “ A Eucaristia é o Pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia”. “Na Eucaristia, Maria perpetua e estende a sua maternidade”.